[{"jcr:title":"Alunos de Engenharia do Insper desenvolvem robô que simula veículo autônomo"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Alunos de Engenharia do Insper desenvolvem robô que simula veículo autônomo","jcr:description":"Criada por meio da arquitetura de datacenter, a máquina é capaz de reconhecer placas e sinais de trânsito, parando antes da faixa de pedestres e trafegando conforme a velocidade máxima"},{"subtitle":"Criada por meio da arquitetura de datacenter, a máquina é capaz de reconhecer placas e sinais de trânsito, parando antes da faixa de pedestres e trafegando conforme a velocidade máxima","author":"Ernesto Yoshida","title":"Alunos de Engenharia do Insper desenvolvem robô que simula veículo autônomo","content":"Criada por meio da arquitetura de datacenter, a máquina é capaz de reconhecer placas e sinais de trânsito, parando antes da faixa de pedestres e trafegando conforme a velocidade máxima   Bruno Toranzo   Os alunos de Engenharia do Insper desenvolveram um robô que simula um veículo autônomo capaz de reconhecer placas e sinais de trânsito, reagindo corretamente a eles. “No teste que fizemos, os estudantes construíram uma pista simulada no laboratório. O robô identificou a faixa de pedestres, parando antes dela, com a mesma reação diante da placa de ‘Pare’, assim como se manteve nas velocidades máximas indicadas de 40 e de 60 quilômetros por hora, na escala do robô”, diz Fábio de Miranda, professor do Insper e orientador desse Projeto Final de Engenharia (PFE), entregue no segundo semestre do ano passado. Essa é uma exigência para a graduação — similar, portanto, ao TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). O protótipo foi desenvolvido a partir de uma necessidade da Nvidia, empresa de computação especializada em placas de vídeo e outros produtos, que tem se dedicado a utilizar a inteligência artificial para responder aos desafios das empresas e da sociedade. Ele é resultado do trabalho dos alunos Antonio Vieira Fuziy, Edgard Alcides Ortiz Neto e Eiki Luis Yamashiro, os três de Engenharia de Computação, além de Lucca Nazari da Silva e Souza, de Engenharia Mecatrônica. O case foi desenvolvido a partir da plataforma Nvidia Jetson, com a utilização de técnicas de visão computacional, algoritmos de deep learning , entre outros elementos. A proposta da empresa para o Insper foi que estava interessada em compreender o potencial da arquitetura Jetson em conjunto com outras soluções desenvolvidas pela própria Nvidia. Mais do que isso: o propósito foi encontrar uma solução para condução de veículos autônomos usando uma arquitetura própria de datacenter , que possibilita uma série de ganhos operacionais. Em termos de função social do projeto, ele traz as melhores soluções de engenharia para a produção de carros autônomos, com foco na parte computacional. “A tecnologia de datacenter é muito usada, por exemplo, pelos serviços de streaming . Conforme a audiência aumenta, com crescimento da demanda pelos vídeos, novos servidores são contratados pelas empresas para suportar esse consumo de dados”, explica Miranda. Tal dinâmica, segundo o professor, não é comum nos chamados sistemas embarcados, que realizam um conjunto de tarefas predefinidas. Nessa estrutura, um computador está anexado ao sistema controlado por ele. Os sistemas embarcados são utilizados para tarefas específicas e em aplicações sem muitas exigências. É o caso do micro-ondas ou do controle remoto da televisão. “O que fizemos com o robô veículo foi trazer a tecnologia de datacenter para ele, e não a de sistemas embarcados, como seria a lógica de implantação”, observa Miranda. Como cada programa no datacenter funciona de forma individual ou independente, se um software ou funcionalidade trava, não para tudo. Esse é um dos principais problemas de alguns projetos para sistemas embarcados: podem travar como um todo caso haja algum problema. “O uso do datacenter impede, portanto, que o robô veículo deixe de funcionar se houver algum problema. Pensando no uso comercial dessa tecnologia no futuro, essa característica traz mais segurança para os passageiros”, diz Miranda. Além disso, os recursos são facilmente compartilháveis, como o sistema de reconhecimento de placa de trânsito, que pode ser transmitido automaticamente para outro robô veículo, sem necessidade de instalação. Podem, ainda, operar o maior tempo possível desconectados da internet e não atrelados a um computador de alto desempenho.   Os alunos que desenvolveram o projeto Interação dos alunos com a Nvidia A empresa selecionou dois profissionais — engenheiro e gerente — para que dedicassem uma hora por semana na avaliação e orientação do trabalho dos alunos. Ainda como parte dessa interação, que, na avaliação do professor, foi imprescindível para o sucesso do trabalho, a Nvidia colocou os alunos em contato com outros colaboradores, inclusive internacionais, que estão trabalhando em projetos parecidos. “Essa imersão dos estudantes no universo corporativo, especialmente em relação às soluções demandadas pelos clientes, faz diferença no processo de aprendizagem. Desde o início, a Nvidia ajudou a alinhar o Projeto Final de Engenharia às necessidades do mercado”, diz Miranda."}]