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Insper e A.C. Camargo vão criar protótipo de dispositivo que facilita procedimentos de biópsia

A solução, idealizada em Projeto Final de Engenharia (PFE) desenvolvido pelos alunos do Insper, será agora aperfeiçoada para que possa ser utilizada, depois de testes clínicos, em pacientes

A solução, idealizada em Projeto Final de Engenharia (PFE) desenvolvido pelos alunos do Insper, será agora aperfeiçoada para que possa ser utilizada, depois de testes clínicos, em pacientes

Representantes do Insper e do A.C. Camargo, parceiros na iniciativa
Representantes do Insper e do A.C. Camargo Cancer Center, parceiros no projeto

 

Bruno Toranzo

 

Um Projeto Final de Engenharia entregue em 2021 será transformado em protótipo, por meio do Inova Projetos, do Hub de Inovação Paulo Cunha, do Insper, para que seja utilizado, depois de testes clínicos, nos procedimentos de biópsia guiados por tomografia dos pacientes do A.C. Camargo Cancer Center. O PFE, que faz parte do currículo de graduação em engenharia, é elaborado para empresas parceiras que trazem problemas reais a serem resolvidos pelos alunos ao longo de seis meses de trabalho, possibilitando assim que seja desenvolvida uma série de competências.

Nessa entrega específica, os alunos criaram uma solução para melhorar o procedimento de biópsia em relação ao posicionamento da agulha. Para isso, projetaram um dispositivo que mostra a angulação correta da agulha em relação à pele dos pacientes, facilitando a vida do radiologista e tornando o procedimento mais preciso e com menos riscos de complicação. A agulha faz a punção, que, na medicina, significa a introdução de um instrumento em um tecido vivo, a fim de retirar, por exemplo, líquido ou pus.

“O problema é que o médico precisa sozinho acertar essa angulação, sem contar com nenhum auxílio, dependendo somente da sua experiência e das suas habilidades. Um erro nisso, como o posicionamento incorreto da agulha durante o procedimento, pode levar à necessidade de reposicionar a agulha e, consequentemente, a lesões no paciente”, diz Raphael Galdino, professor de engenharia do Insper e orientador desse projeto em parceria com o A.C. Camargo. Segundo o professor, a solução, no âmbito do PFE, foi testada somente em phantom (simulador de tecido biológico), com o objetivo de se aproximar das condições observadas no atendimento a um paciente. “Tecnicamente, a solução se mostrou viável, mas agora é preciso transformá-la em um protótipo para que possa ser testada no dia a dia pelos radiologistas. A intenção é produzir um dispositivo eletrônico que aponte o ângulo ideal de posicionamento da agulha”, explica.

O Inova Projetos permite que as soluções exploradas nos PFEs, cujo nível de maturidade é inicial, possam avançar na escala de desenvolvimento de um produto ou serviço. “No PFE, ficamos no âmbito das alternativas de solução para determinado problema, mas não chegamos a um produto ou serviço que efetivamente seja a solução. Já no Inova, por meio do investimento do parceiro, que neste caso é o A.C.Camargo, podemos avançar no desenvolvimento, com a produção de um protótipo”, observa Galdino.

O PFE funciona, na prática, como o primeiro passo da inovação, podendo avançar no Insper para o Inova no caso de haver interesse da empresa parceira no seu desenvolvimento. Entre PFE e Inova, a inovação costuma ter um período de desenvolvimento de um ano e meio, já que são seis meses para o Projeto Final de Engenharia e o restante para o trabalho do Inova, que continua sendo feito pelos alunos. Para o parceiro, é interessante que a inovação nasça no PFE por não haver esse custo inicial para ele, já que esse trabalho faz parte da graduação.

No Brasil, considerando somente o câncer de mama, o segundo que mais acomete as mulheres, a estimativa é que tenham surgido 66,2 mil casos no ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer. Já a estimativa de câncer de próstata, um dos mais comuns entre os homens, foi de 65,8 mil casos novos em 2022, segundo o Ministério da Saúde.

 

Acordo de cooperação

O Insper e o A.C. Camargo Cancer Center têm um acordo assinado de cooperação de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico que prevê apoio mútuo para desenvolvimento de ações relacionadas ao combate ao câncer. Faz parte dele um programa científico e tecnológico de cooperação e intercâmbio para execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento, capacitação de recursos humanos e absorção e transferência de tecnologia.

O A.C. Camargo Cancer Center faz mensalmente cerca de 20 mil exames de diagnóstico por imagem. A instituição conta com uma estrutura formada por mais de 100 médicos e diferentes equipamentos de imagem, como radiografia, mamografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada. O departamento de imagem do hospital está envolvido em diversas atividades de pesquisa, incluindo iniciação científica e pós-graduação.

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