[{"jcr:title":"Como lidar com o problema do déficit habitacional"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Como lidar com o problema do déficit habitacional","jcr:description":"Estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso Políticas Habitacionais: resultados e desafios, que explora os diferentes modelos de moradias dos centros urbanos"},{"subtitle":"Estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso Políticas Habitacionais: resultados e desafios, que explora os diferentes modelos de moradias dos centros urbanos","author":"Ernesto Yoshida","title":"Como lidar com o problema do déficit habitacional","content":"Estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso Políticas Habitacionais: resultados e desafios, que explora os diferentes modelos de moradias dos centros urbanos   Bárbara Nór   O Brasil tem um déficit de quase 6 milhões de moradias, de acordo com dados da Fundação João Pinheiro (2021). O número de pessoas sem acesso à moradia digna no país inclui as que vivem em habitações precárias, como é o caso de muitas construções em comunidades, em coabitações onde um grande número de indivíduos divide espaços exíguos, e também moradores que enfrentam ônus excessivo de aluguel. E há um entrave para resolver o problema: faltam no mercado profissionais capacitados para lidar com a complexidade e os desafios dessa realidade. Foi com base nisso que o Insper lançou, em abril de 2023, o curso [Políticas Habitacionais: resultados e desafios](https://www.insper.edu.br/educacao-executiva/cursos-de-curta-duracao/insper-cidades/politicas-habitacionais-resultados-e-desafios/) , que agora chega à segunda edição — as matrículas vão até 29 de janeiro de 2024, data do início das aulas. “Nesse curso, abordamos os distintos modelos de políticas e programas habitacionais e mecanismos de fomento e indução governamentais, por meio de aulas expositivas com convidados que atuam em áreas diversas, como poder público, mercado imobiliário e organizações da sociedade civil”, diz o cientista social e arquiteto José Police Neto, coordenador do Núcleo de Habitação & Real Estate do Laboratório Arq.Futuro de Cidades. Vereador entre 2005 e 2021, Police, atualmente subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, foi o autor da lei da Função Social da Propriedade Urbana no Município de São Paulo (15.234/2010). Além das aulas expositivas, os alunos farão visitas a campo ao longo do curso, uma atividade que dará vida aos conhecimentos visto em sala. “Pretendemos proporcionar uma vivência concreta de diferentes realidades de modelos habitacionais urbanos encontrados no país”, destaca Police. O objetivo, esclarece ele, é oferecer um panorama do cenário da moradia no Brasil dos dias de hoje, e munir os participantes de ferramentas e conhecimentos para um enfrentamento mais efetivo da questão. Outro diferencial do programa é o Projeto Aplicado, que deverá ser realizado pelos participantes ao longo do curso. “A ideia é que o estudante se debruce sobre as principais questões e os atores envolvidos na problemática habitacional, de modo a expor a complexidade do caso, identificar as dificuldades para solucionar o problema e propor soluções inovadores”, afirma Police. A atividade envolverá o uso de dados, com sistematização e análise propositiva de estudos de casos reais. “A partir do Projeto Aplicado, espera-se que o participante tenha uma visão integrada e ampliada dos problemas recentes relacionados à habitação e à moradia, assim como das complexidades envolvidas para solucioná-los.” Um dos projetos aplicados da primeira edição do curso, aliás, resultou em uma iniciativa concreta em uma cidade brasileira. “Uma de nossas alunas propôs um grande projeto de reabilitação socioambiental, cultural e histórica do centro de Sorocaba, tendo como indutor principal a moradia”, conta Police. Como resultado, foi feita a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o BNDES, o governo do estado de São Paulo e a Prefeitura Municipal de Sorocaba para a concretização do projeto. Esta segunda edição do curso trará algumas novidades, relata Police. Uma delas será uma jornada de Inteligência Artificial aplicada à regulação urbana, com o engenheiro civil Cláudio Bernardes. Nessa atividade, os estudantes conhecerão a ferramenta IAGeo, que tem o potencial de ajudar a desenvolver cidades inteligentes, aliando planejamento urbano aos sistemas de georreferenciamento, big data e tecnologia da informação. Além disso, outros dois temas foram incorporados na grade do curso: a regularização fundiária, que se refere à atuação socioambiental em núcleo urbanos precários e suscetíveis a danos ambientais, e práticas de soluções baseadas na natureza aplicadas a desenvolvimento urbano/habitacional, assunto que vem ganhando relevância diante das mudanças climáticas e dos eventos naturais extremos vivenciados pelas cidades brasileiras.   Estrutura do curso O curso, segundo Police, é voltado para uma gama ampla de profissionais, desde aqueles vindos do setor privado e estão interessados em conhecer o planejamento e os diversos aspectos do setor de habitação e moradia, até profissionais do mercado imobiliário e financeiro, técnicos do setor público que trabalham na área e profissionais de organizações não governamentais dedicados ao tema — além de lideranças de movimentos sociais urbanos. Estudantes de graduação e pós-graduação interessados em se aprofundar no assunto também poderão se inscrever. Para apresentar as diversas facetas da questão das políticas habitacionais, o curso foi dividido em três módulos. No primeiro, chamado “Ocupações”, os alunos terão contato com o modelo de moradia por meio de ocupação formal e informal e os diferentes mecanismos de ocupação e posse da terra – incluindo uma visita a uma ocupação formal do MST e a uma área de ocupação informal em regiões de mananciais. Já o segundo módulo, “Programas habitacionais”, se concentra nas políticas de Habitação de Interesse Social (HIS), instituídas em 2009, com visita tanto a uma moradia construída pelo mercado imobiliário como a uma feita pelo setor público. Por fim, no terceiro módulo, “Habitações no Centro de São Paulo”, diferentes modelos de moradia dos centros urbanos serão explorados, também com visitas – a um exemplo de locação social na Avenida São João, à Ocupação 9 de Julho, a um loft-padrão do setor imobiliário e a mais uma Habitação de Interesse Social.   José Police Neto, coordenador do Núcleo de Habitação& Real Estate  "}]