A degradação do meio ambiente, que tem entre as incontáveis consequências a redução dos recursos naturais, é um problema global e que pede medidas urgentes. Prova disso são os constantes debates e encontros de líderes internacionais para discutir desafios e tendências relacionados a esse tema.
Em junho deste ano foi realizado na Suécia o Estocolmo 50+, que celebrou os 50 anos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. O evento de 1972 é tido como o pioneiro em tratar a preservação da natureza como uma questão global.
A conferência mais recente tratou sobre o que foi descrito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como uma “tripla crise planetária de mudança do clima”. Para o líder, a poluição, os resíduos e a perda da natureza (e da biodiversidade) são “uma ameaça a nossa existência”, algo que necessita de “um esforço urgente e pleno para ser revertido”.
Segundo o site Nações Unidas Brasil, o encontro resultou em várias recomendações para os países presentes, como “colocar o bem-estar humano no centro de um planeta saudável, prosperidade para todos e todas; reconhecer e implementar o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, saudável e sustentável; adotar mudanças sistêmicas na forma como o sistema econômico atual funciona e acelerar as transformações de setores de alto impacto”.
O último 12 de agosto marcou o “Dia da Sobrecarga da Terra no Brasil” (em inglês, “Earth Overshoot Day”), data do ano em que a demanda da humanidade por recursos naturais supera a capacidade da Terra de produzir ou renovar esses recursos ao longo de 365 dias.
Dados divulgados pela WWF Brasil dão um pouco da dimensão do estrago no país.
Só no primeiro semestre de 2022, 3,988 km² de vegetação nativa foram devastados – o que corresponde a 2,6 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Além disso, também na primeira metade do ano, a incidência de focos de queimadas aumentou 17% na Amazônia e 13% no Cerrado em relação ao mesmo período do ano anterior.
E as expectativas não são de melhora. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o “sistema energético global está quebrado” e que estamos “cada vez mais próximos de uma catástrofe climática“.
Entre os problemas apontados por ele estão o aumento do nível do mar, o aquecimento dos oceanos, a concentração de gases de efeito estufa e a acidificação dos oceanos.
Esses efeitos tendem a gerar a morte de corais e outros animais marinhos, provocar inundações e o aumento da temperatura no planeta todo.
Por isso a importância de conscientizar a todos, desde pessoas a empresas, sobre a importância de preservar o meio ambiente. A natureza não tem dado conta das ingerências do homem.
O artigo “Sustentabilidade – ODS 18 Gestão ambiental nas empresas” listou alguns dos principais problemas pelos quais o planeta passa atualmente, principalmente devido às atividades industriais:
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Segundo o artigo “Sustentabilidade – ODS 18 Gestão ambiental nas empresas”, “quando se trata de questão ambiental, cada cidadão deve ser considerado um praticante ativo, sabendo seus direitos e deveres”, uma vez que as consequências negativas impactam na vida de todos.
E, embora o governo e as empresas tenham um papel importante e definitivo para o futuro do planeta, também há comportamentos individuais que contribuem para a sua preservação, como:
Em abril de 2022, cientistas da ONU elaboraram um relatório que contém cinco ações para manter o planeta seguro:
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Sobre o papel de grandes empresários na construção de um futuro mais sustentável, Patrick Devine-Wright, autor de relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na tradução do inglês), da ONU, foi enfático:
“Existem indivíduos com alta posição socioeconômica que são capazes de reduzir suas emissões, tornando-se modelos de estilo de vida de baixo carbono, selecionando seus investimentos em negócios e oportunidades de baixo carbono e fazendo lobby em prol de políticas climáticas rígidas.”
Para profissionais que desejam se dedicar às melhores práticas de preservação do meio ambiente, o Insper criou o Programa Avançado em Sustentabilidade.