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Nove rainhas: filmes e séries para não esquecer Elizabeth II

Confira uma lista de produções que mesclam realidade e fantasia sobre os 70 anos de reinado da monarca mais longeva do Reino Unido

Confira uma lista de produções que mesclam realidade e fantasia sobre os 70 anos de reinado da monarca mais longeva do Reino Unido

As rainhas da série The Clown
Claire Foy, Olivia Colman e Imelda Staunton: no papel de Elizabeth II na série “The Crown”

 

Leandro Steiw

 

Como era de esperar, a morte da rainha Elizabeth II rendeu uma sequência de homenagens mundo afora. Em um futuro próximo, devem surgir mais livros, filmes e depoimentos sobre o reinado mais longo da monarquia britânica.

Por incrível que pareça, a personagem de Elizabeth Alexandra Mary (1926-2022), da família Windsor, não foi tão explorada pelo cinema nestes 70 anos. Há um punhado de comédias, que partem da ironia ao escracho total, e diversos documentários para a TV. Mas é possível listar seis longas-metragens e uma série que mesclam muita realidade e fantasia referentes ao universo de Elizabeth II.

No total, são nove atrizes que interpretam a rainha em diversas fases da vida. É notório que a coroa britânica não fornece informações, nem confirme ou refute os fatos mostrados nas telas. O que vale, então, é personificação eternizada pela ficção. A verdade fica suspensa no ar, como se fossem os cobiçados selos do filme Nove Rainhas — que, além do título, nada tem a ver com a nobreza.

 

A Rainha (The Queen), de Stephen Frears, 2006

O filme no qual a rainha é a personagem principal só poderia estar no topo da lista. Ainda mais com a atuação irrepreensível da atriz inglesa Helen Mirren para um dos momentos mais turbulentos do reinado de Elizabeth II: a morte da princesa Diana, em 1997. Formada na tradição do teatro shakespeariano, Helen já havia personificado as rainhas Elizabeth I na TV e Charlotte no cinema. As três produções renderam diversos prêmios de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, inclusive no Oscar, Globo de Ouro, Festival de Cannes e Emmy. Em A Rainha, o ator Michael Sheen repetiu o papel do primeiro-ministro Tony Blair, que havia feito na TV três anos antes — não por coincidência, também dirigido por Stephen Frears e roteirizado por Peter Morgan, o criador da série The Crown.

 

Spencer, de Pablo Larraín, 2021

A segunda referência cinematográfica de Elizabeth II traz de volta o espectro da princesa Diana sobre a família real britânica. Nesta fábula sobre o fim do casamento com o príncipe Charles, atual rei Charles III, o papel principal é de Kristen Stewart. A interpretação da rainha coube à atriz Stella Gonet. Ao diário britânico The Guardian, Stella contou que a equipe do filme mudava de comportamento assim que ela vestia a peruca, cortejando-a como se fosse a verdadeira de Elizabeth II. “Sou escocesa, então não posso falar sobre ser um monarquista, mas eu era uma grande fã da rainha”, disse.

 

O Discurso do Rei (The King’s Speech), de Tom Hooper, 2010

Neste longa-metragem vencedor de quatro Oscar, Elizabeth ainda é uma criança, vivida pela atriz Freya Wilson, então com 10 anos. Não é uma participação significativa, porque as estrelas são o rei George VI de Colin Firth e o fonoaudiólogo de Geoffrey Rush. Mas dizem que foi a única produção que recebeu algum elogio de Elizabeth II, emocionada com a recriação do drama de seu pai.

 

A Noite da Realeza (A Royal Night Out), de Julian Jarrold, 2015

Outra livre adaptação de um dos fatos reais na vida de Elizabeth II: o final da Segunda Guerra Mundial. A atriz canadense Sarah Gadon é a rainha ainda herdeira, aos 19 anos, durante o reinado de George VI. O filme especula como teria sido a celebração em Londres se Elizabeth e sua irmã, Margaret, 14, tivessem saído às ruas em 8 de maio de 1945, o chamado Dia da Vitória na Europa. É uma mistura de comédia, drama e romance.

 

O Bom Gigante Amigo (The BFG), de Steven Spielberg, 2016

Um pouquinho de Elizabeth II, interpretada pela atriz inglesa Penelope Wilton. A história centra-se na órfã Sophie e sua relação com o Bom Gigante Amigo, personagem da literatura infantil em língua inglesa. Os dois partem ao encontro da rainha para livrar a humanidade dos gigantes malvados. Enfim, nada muito autobiográfico.

 

Her Majesty, de Mark J. Gordon, 2001

A estrela do filme é outra Elizabeth, a Wakefield, uma menina que pede para a rainha visitar a sua cidadezinha na Nova Zelândia. Mas, antes do encontro, ela torna-se amiga de uma senhora maori, que narra as crueldades cometidas pelo império britânico contra o seu povo. As insistentes cartas despertam o interesse de Elizabeth II ao mesmo tempo em que a confiança da garota na monarquia se esvai e as pressões sociais se acumulam.

 

The Crown, de Peter Morgan, 2016-2022

Como o streaming é o novo cinema, a criação de Peter Morgan tem que entrar na lista. Claire Foy, Olivia Colman e Imelda Staunton personificam Elizabeth II em três faixas etárias. As duas primeiras já foram vistas e avaliadas nas temporadas de 2016 a 2020. Imelda está gravando o quinto ano da série. A lista de 139 prêmios, no entanto, recomenda as horas e horas dedicadas à representação da monarquia britânica sob o comando de Elizabeth II. Além de todos os méritos técnicos e artísticos, a grande virtude de The Crown é mexer a tal ponto com os sentimentos do espectador que, de um episódio a outro, intercalam-se amor e ódio pela realeza sem jamais ter sido um súdito. Coisas da ficção.

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