[{"jcr:title":"Curso de curta duração do Insper forma coordenações estaduais do Programa Criança Feliz"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Curso de curta duração do Insper forma coordenações estaduais do Programa Criança Feliz","jcr:description":"Com lideranças públicas de 25 estados do Brasil, iniciativa promoveu debates e workshops de gestão estratégica pela primeira infância"},{"subtitle":"Com lideranças públicas de 25 estados do Brasil, iniciativa promoveu debates e workshops de gestão estratégica pela primeira infância","author":"Ernesto Yoshida","title":"Curso de curta duração do Insper forma coordenações estaduais do Programa Criança Feliz","content":"Com lideranças públicas de 25 estados do Brasil, iniciativa promoveu debates e workshops de gestão estratégica pela primeira infância      Bruno Toranzo   Os primeiros seis anos de vida de uma criança são considerados um período de extrema relevância para seu desenvolvimento. Isso porque oferecem uma janela de oportunidades para que possa ter uma vida plena, contribuindo para a sociedade da melhor forma possível. Nesse contexto, o Marco Legal da Primeira Infância criou iniciativas de âmbito nacional, como o Programa Criança Feliz, que está voltado para gestantes e crianças até os seis anos de idade. Uma turma de coordenações estaduais do programa e de profissionais ligados à Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância, do Ministério da Cidadania, participou no fim de agosto do curso de curta duração “Gestão Estratégica pela Primeira Infância”, oferecido pelo Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper em parceria com a Fundação Bernard van Leer e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). “Desenhado com foco na valorização da experiência das lideranças participantes e na possibilidade de aplicação prática, o curso promoveu debates e workshops que culminaram em planos de ação que poderão ser replicados em todo o Brasil”, disse Vinícius Barqueiro, coordenador de Programas de Gestão e Políticas Públicas do Insper, que esteve à frente da iniciativa. “Com a liderança acadêmica do professor David Kallás, a jornada teve aulas sobre evidências científicas pela primeira infância, estratégia no setor público, governança colaborativa, práticas intersetoriais, orçamento público e monitoramento, além de sessões práticas de análise e resolução de problemas, priorização e detalhamento de projetos.” Esses conhecimentos devem contribuir para a evolução do Programa Criança Feliz, que, por meio de visitas domiciliares às famílias atendidas, faz o acompanhamento e dá orientações para fortalecer os vínculos familiares e comunitários, estimulando dessa forma o desenvolvimento infantil. Para isso, os profissionais que visitam as famílias são capacitados em diversas áreas, como saúde, educação, serviço social, direitos humanos e cultura. A iniciativa, que é resultado do envolvimento de União, estados e municípios, atende gestantes, crianças de até 36 meses e suas famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal, crianças de até 72 meses e suas famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de crianças de até seis anos afastadas do convívio familiar por causa da aplicação de medida protetiva. Para promover o desenvolvimento infantil integral, o Criança Feliz apoia a gestante e a família na preparação para o nascimento da criança; cuida da criança em situação de vulnerabilidade até os seis anos de idade; fortalece o vínculo afetivo e o papel das famílias no cuidado, na proteção e na educação das crianças; e facilita o acesso das famílias atendidas às políticas e aos serviços públicos. “Fizemos um investimento expressivo para que os alunos pudessem vir a São Paulo para fazer o curso. Desde o início, o Insper trouxe propostas que fizeram muito sentido. Percebemos toda a equipe envolvida no projeto muito aberta para uma construção colaborativa. Participamos da etapa de planejamento do curso, escutando o grupo de coordenadores estaduais do Programa Criança Feliz para entender as suas necessidades, suas demandas por conhecimento”, destacou Claudia Vidigal, representante no Brasil da Fundação Bernard van Leer.   Participantes do curso Gestão Estratégica pela Primeira Infância Insumos para a evolução do programa  No ano passado, o Programa Criança Feliz ultrapassou 57 milhões de visitas em mais de 3 mil municípios, sendo considerado, de acordo com o Ministério da Cidadania, o maior programa do mundo de visitação domiciliar para a primeira infância. Luciana Siqueira Lira de Miranda, secretária nacional de Atenção à Primeira Infância, afirmou que as aulas do curso possibilitaram enxergar a relevância do diagnóstico, dos indicadores, para a execução de políticas públicas, o que se mostra indispensável em um programa dessa magnitude. “Não podemos deixar que as coisas aconteçam para somente depois pensar no orçamento. Precisamos trabalhar com antecedência, fazendo planejamento”, disse. “Também percebemos a importância de valorizar ainda mais o trabalho dos nossos visitadores para enfrentar a questão da alta rotatividade desses profissionais. Por uma questão legal, não temos como aumentar o salário, mas podemos melhorar o incentivo, motivando os visitadores no dia a dia.” De acordo com a secretária, é necessário adotar novos indicadores para o Programa Criança Feliz, acompanhando, por exemplo, o número de crianças retiradas do vínculo da família por medida protetiva. “Outra informação importante é de crianças que ficaram órfãs durante a pandemia. São esses dados que tornarão a iniciativa ainda melhor”, observou. Por fim, a secretária nacional destacou que não há como falar de primeira infância sem levar em conta os chamados aspectos biopsicossociais, como desenvolvimento físico, afetivo e social da criança; capacidade de aprendizagem; acesso à saúde, educação, cultura e esporte; entre outros. E, nesse contexto, para fazer o monitoramento, os indicadores são igualmente importantes.  "}]