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Curso “O Brasil no Agronegócio Global” está com inscrições abertas

O economista Leandro Gilio fala sobre o programa de educação executiva, que discute os principais desafios do agro brasileiro em um cenário internacional de grandes mudanças

O economista Leandro Gilio fala sobre o programa de educação executiva, que discute os principais desafios do agro brasileiro em um cenário internacional de grandes mudanças

  

Estão abertas as inscrições para o curso O Brasil no Agronegócio Global, oferecido pelo Insper em parceria com a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. O curso apresenta uma visão ampla dos principais desafios que envolvem o agronegócio brasileiro no novo contexto global. As aulas se iniciam em 17 de outubro — são 30 horas de aulas online e 2 horas de trabalhos em grupo.

Este programa foi desenhado inicialmente para capacitar gestores públicos a compreender as novas dinâmicas e os desafios do agronegócio brasileiro em meio a grandes transformações no contexto global. A primeira edição do curso deu origem a um livro, O Brasil no Agro Global, com reflexões dos alunos e dos professores sobre a inserção do agronegócio brasileiro nas principais macrorregiões do planeta.

Agora na quinta edição, o curso, pela primeira vez, será oferecido a um público mais amplo interessado no tema. Na entrevista a seguir, o economista Leandro Gilio, pesquisador sênior do Insper Agro Global e um dos professores do curso, dá mais detalhes sobre o programa.

 

Leandro Gilio
Leandro Gilio, pesquisador sênior do Insper Agro Global

 

Este curso era oferecido apenas aos gestores públicos dos ministérios da Agricultura, da Economia e das Relações Exteriores, além da Apex-Brasil. Por que vai ser oferecido agora para outros públicos?

Quando elaboramos a primeira edição do curso executivo, em 2020, pensamos em oferecer uma formação bastante objetiva em agronegócio para agentes do governo, com foco na inserção do Brasil no mercado global. Com essa ideia inicial, elaboramos uma estrutura de conteúdos que abordasse os principais desafios do agro brasileiro, a relação do país com o mundo, e convidamos grandes especialistas, com larga experiência e atuação prática em cada área, para ministrar os temas. Nosso objetivo inicial era formar profissionais de governo que compreendessem as novas dinâmicas e os desafios do agronegócio e que pudessem atuar de forma inteligente e coordenada para ampliar a inserção internacional do país e dos produtos do agro brasileiro. No entanto, após quatro edições já realizadas e com muito sucesso, percebemos que sempre existiu um grande interesse de agentes privados e de outros servidores públicos, de outras áreas de governo anteriormente não contempladas, nesse tipo de formação focada na internacionalização do agro e por isso resolvemos abrir esta oportunidade para novos públicos.

 

A quem se destina o curso? Qual o perfil dos participantes que se deseja atrair?

O curso se destina a todo profissional de mercado que esteja interessado e que atue na inserção do agronegócio brasileiro no mercado global, seja em empresas, seja em associações ou no terceiro setor, assim como servidores públicos que atuem diretamente com a temática, como diplomatas do Itamaraty (lotados em Brasília ou no exterior), funcionários da Apex, servidores do Ministério da Agricultura e de instituições a ele vinculadas e servidores do Ministério da Economia.

 

Como está estruturado o curso? Quais são os grandes temas que serão abordados?

O curso está estruturado em módulos de conteúdos, baseados em três pilares centrais. O primeiro aborda o agronegócio no contexto global e a inserção do Brasil, destacando-se questões como o crescimento e a dinâmica global do agro, competitividade e inserção internacional e investimentos. O segundo se baseia na análise das macrorregiões importantes para o agro brasileiro e acesso a mercados, em que se apresentam e avaliam dados e questões relativas ao acesso a mercados, como acordos internacionais, barreiras, negociações, políticas comerciais e tendências. Já o terceiro pilar aborda os desafios, a visão estratégica e as políticas, destacando-se questões emergentes como sustentabilidade e uso da terra, segurança alimentar, sanidade e segurança do alimento, diferenciação e agregação de valor, bem como os desafio de imagem e comunicação. Sempre buscamos basear os conteúdos em análise de casos concretos, para que o participante possa construir uma visão analítica e estratégica dos pontos abordados.

 

O Brasil, ano a ano, vem ampliando suas exportações de agronegócio, mas o contexto internacional também está mudando. Quais são os maiores desafios que o país deverá enfrentar nos próximos anos para manter o ritmo de crescimento das exportações?

Vivenciamos hoje um momento único no mercado global. Acabamos de passar por uma pandemia de largas proporções e agora defrontamos com uma guerra em países que são importantes supridores em produtos do agro. Tudo isso mexeu fortemente em preços e gerou diversos desequilíbrios em cadeias globais. E o cenário que se desenha em um horizonte próximo deve trazer novos elementos desafiadores, como uma possível desaceleração econômica global e questões ambientais imperativas. Os agentes do agronegócio que atuam na inserção internacional dos produtos brasileiros devem estar preparados para as transformações esperadas e agir de modo estratégico e coordenado para melhor enfrentar os desafios futuros.

 

Os dados mostram que o Brasil depende de um número muito reduzido de commodities em suas exportações. Há perspectivas de que essa situação possa mudar nos próximos anos?

O desenvolvimento da produção e a evolução da produtividade do agro brasileiro, aliados à demanda externa crescente, nos trouxeram ao cenário que observamos hoje. O Brasil foi muito bem sucedido em se desenvolver tecnicamente e tecnologicamente no agro ao longo dos últimos, expandindo suas fronteiras de produção interna e atendendo à crescente demanda global, notadamente da China. Passamos de um país importador líquido de alimentos para um dos maiores exportadores do mundo, gerando grande desenvolvimento e renda para o País. Mas é importante no presente que o setor realize um esforço para melhorar a diversificação de produção, a agregação de valor em cadeias e a abertura de novos mercados, tanto em termos de países quanto de produtos. Esses serão elementos essenciais para o crescimento economicamente sustentado do agro brasileiro e que se interligam diretamente com questões de sustentabilidade e imagem dos produtos brasileiros no exterior. Por isso a necessidade de uma ação coordenada de agentes públicos e privados no sentido de planejar e pensar estrategicamente o futuro do agronegócio brasileiro, o que requer amplo conhecimento e capacidade analítica de dados. E é exatamente nesse contexto que se insere nosso curso.

 


DEPOIMENTOS DE EX-ALUNOS

 

“Fiz o curso ‘O Brasil no Agronegócio Global’ oferecido pelo Insper em 2020 e foi uma experiência ímpar, não apenas pela excelência do conteúdo, mas também pela oportunidade de interagir com gestores públicos com expertises e experiências diversas, com muitos dos colegas lotados em Embaixadas nos diferentes países. Os grupos formados para o trabalho final foram uma grande oportunidade para aplicar os conhecimentos adquiridos e trocar informações, o que resultou em uma compilação de todo esse conhecimento sobre importantes parceiros comerciais do Brasil. O resultado permite ao setor entender melhor as tendências do mercado mundial, os desafios e as oportunidades para o agronegócio na próxima década.”

Luciana Pimenta Ambrozevicius, auditora fiscal federal agropecuária no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ex-adida agrícola no Canadá

 

“A participação no curso foi de extrema relevância para a compreensão dos temas globais do agronegócio brasileiro. Trazendo uma perspectiva ampla a respeito dos desafios e das oportunidades para a produção agropecuária brasileira nas próximas décadas, bem como de sua presença internacional, o curso nos permite ter uma visão estratégica, a partir de um panorama global, de onde estamos e, especialmente, para onde iremos. Uma ótima experiência que recomendo a todos.”

Márcio Rodrigues, gerente de Agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)

 

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