[{"jcr:title":"“Desistentes silenciosos” representam metade dos trabalhadores nos EUA"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"“Desistentes silenciosos” representam metade dos trabalhadores nos EUA","jcr:description":"Essa é a proporção de funcionários que fazem só o básico para manter o emprego, segundo levantamento da empresa de pesquisa Gallup"},{"subtitle":"Essa é a proporção de funcionários que fazem só o básico para manter o emprego, segundo levantamento da empresa de pesquisa Gallup","author":"Ernesto Yoshida","title":"“Desistentes silenciosos” representam metade dos trabalhadores nos EUA","content":"Essa é a proporção de funcionários que fazem só o básico para manter o emprego, segundo levantamento da empresa de pesquisa Gallup   Metade dos trabalhadores nos Estados Unidos se enquadra na categoria de “quiet quitters”, ou desistentes silenciosos — como são chamados os funcionários que fazem somente o mínimo necessário para manter o emprego, não assumindo um compromisso maior com a empresa onde trabalham. É o que aponta um levantamento realizado pela empresa de pesquisa Gallup em junho com cerca de 15 mil trabalhadores acima de 18 anos. De acordo com o [estudo](https://www.gallup.com/workplace/398306/quiet-quitting-real.aspx?utm_source=news&utm_medium=email&utm_campaign=the_week_in_charts_send_2_september_09132022&utm_term=newsletter&utm_content=read_article_textlink_2) , o nível de engajamento dos funcionários nos Estados Unidos recuou durante o segundo trimestre de 2022, quando a proporção de trabalhadores engajados se manteve em 32%, mas a taxa dos ativamente desengajados cresceu para 18%. Dessa forma, a relação entre funcionários engajados e desengajados agora é de 1,8 para 1, a menor registrada em quase uma década. Muitos desistentes silenciosos se encaixam na definição da Gallup de “não estar engajados” no trabalho — pessoas que fazem o mínimo exigido e são psicologicamente desvinculadas de seu trabalho. Isso representa 50% da força de trabalho dos Estados Unidos, segundo o levantamento. Os trabalhadores que se declararam ativamente desengajados são considerados “desistentes barulhentos” — eles vocalizam abertamente a insatisfação com o trabalho e, não raro, postam vídeos sobre seu descontentamento nas redes sociais, gerando milhões de visualizações e comentários.     A queda no engajamento dos trabalhadores se intensificou no segundo semestre de 2021, sobretudo com a retomada ao trabalho presencial nos escritórios após o período de isolamento social provocado pela pandemia. Para Jim Harter, cientista-chefe da Gallup na área de gestão do local de trabalho, o declínio do nível de engajamento está relacionado com a falta de clareza das expectativas, das oportunidades de aprender e crescer, da conexão com a missão ou o propósito da organização — sinalizando uma crescente desconexão entre funcionários e seus empregadores. A insatisfação é maior entre os trabalhadores mais jovens. No grupo de funcionários com menos de 35 anos, o grau de engajamento caiu 6 pontos percentuais de 2019 para 2022. Ao mesmo tempo, a taxa de funcionários ativamente desengajados cresceu 6 pontos. A maioria dos funcionários que não estão engajados ou estão ativamente desengajados já busca outro emprego. Para Harter, o fenômeno da desistência silenciosa é um sintoma de má gestão. Para lidar com esse problema, segundo ele, a liderança sênior precisa envolver e requalificar os gestores. “Os gerentes devem aprender a ter conversas para ajudar os funcionários a reduzir o desengajamento e o esgotamento. Somente os gerentes estão em posição de conhecer os funcionários como indivíduos — sua situação de vida, pontos fortes e objetivos.” Os especialistas da Gallup sugerem que o melhor hábito a ser desenvolvido pelos gestores é ter uma conversa significativa — de 15 a 30 minutos — toda semana, com cada membro da equipe.   PARA SABER MAIS: [Largar o emprego e continuar empregado: é o fenômeno da “quiet quitting”](https://www.insper.edu.br/noticias/largar-o-emprego-e-continuar-empregado-e-o-fenomeno-da-quiet-quitting/)  "}]