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Aprendizagem ativa ajuda a desenvolver competências para a sustentabilidade

Em artigo publicado no International Journal of Sustainability in Higher Education, a professora Priscila Claro apresenta os resultados do trabalho do Insper na área

Em artigo publicado no International Journal of Sustainability in Higher Education, a professora Priscila Claro apresenta os resultados do trabalho do Insper na área

 

Tiago Cordeiro

 

Há no ambiente acadêmico um debate sobre a eficácia de diferentes métodos de ensino, quando se trata de desenvolver competências profissionais orientadas para a sustentabilidade. Afinal, são práticas que demandam a capacidade de desenvolver um pensamento sistêmico, que abrange diferentes áreas do conhecimento. Só assim é possível replicar, em sala de aula, a complexidade da vida real.

A aprendizagem ativa é eficaz para lidar com esse desafio. Sua prática melhora o desempenho dos estudantes, pois aumenta a capacidade de engajamento em ações sustentáveis.

Essa é a teoria de Priscila Claro, professora associada do Insper desde 2006, além de coordenadora de Responsabilidade Social e Extensão. Ela ministra disciplinas nas áreas de Estratégia, Sustentabilidade e Negócios Sociais e desenvolve consultoria e pesquisa nas áreas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, bem como relatórios de sustentabilidade no padrão GRI.

Em artigo escrito em parceria com a aluna de doutorado Nathalia Ramajo Esteves e publicado no International Journal of Sustainability in Higher Education, Claro apresenta os resultados da aplicação da aprendizagem ativa no Insper. A técnica é útil em desenvolver competências relacionadas a “saber”, “fazer”, “interagir” e “ser”, aponta o estudo. E melhorou também as notas dos estudantes.

 

Resultados mensuráveis

O trabalho lembra que, desde 1987, quando o Relatório Brundtland, produzido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, identificou uma crise global provocada pela pobreza no Hemisfério Sul e pelo padrão de consumo no Hemisfério Norte, as atitudes orientadas para a sustentabilidade vêm sendo definidas e refinadas.

“Uma série de publicações conclui que as abordagens interativas, que desafiam o conceito do professor como apenas um disseminador de conteúdo, são mais efetivas porque levam os estudantes a se engajar em questionamentos de cunho social e ambiental”, descreve o texto.

Ainda assim, os resultados concretos da aprendizagem ativa ainda são pouco mensurados. Daí o esforço da professora em avaliar, de forma quantitativa e qualitativa, o desempenho dos alunos do programa de Graduação em Administração do Insper. Em parceria com outros quatro docentes, ela propôs uma atividade especial, focada em habilidades relacionadas à sustentabilidade.

Trabalhando em grupos, com o suporte de mentores, incluindo ex-alunos, os estudantes foram desafiados a propor ações eficazes em sustentabilidade, entre os anos de 2016 e 2018. Metade das atividades foi desenvolvida de forma tradicional, e a outra parte utilizou a aprendizagem ativa. A avaliação dos resultados constatou as vantagens do método.

“Trabalhar com problemas reais foi crucial para os estudantes desenvolver competências em sustentabilidade”, aponta o artigo. “Implementar mudanças nas disciplinas com foco na colaboração entre os alunos, e também entre os professores, também se mostrou decisivo para o sucesso da atividade.” Por fim, mobilizar stakeholders externos ao ambiente acadêmico contribuiu para validar a aplicabilidade dos modelos de negócios desenvolvidos.

 

Priscila Claro
A professora Priscila Claro

 

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