[{"jcr:title":"Núcleo Pop.Rua reúne evidências de políticas para pessoas em situação de rua"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Núcleo Pop.Rua reúne evidências de políticas para pessoas em situação de rua","jcr:description":"O novo núcleo vai promover reuniões, oficinas e debates para promover o intercâmbio entre pesquisadores, gestores públicos e movimentos sociais interessados no tema"},{"subtitle":"O novo núcleo vai promover reuniões, oficinas e debates para promover o intercâmbio entre pesquisadores, gestores públicos e movimentos sociais interessados no tema","author":"Ernesto Yoshida","title":"Núcleo Pop.Rua reúne evidências de políticas para pessoas em situação de rua","content":"O novo núcleo vai promover reuniões, oficinas e debates para promover o intercâmbio entre pesquisadores, gestores públicos e movimentos sociais interessados no tema   Leandro Steiw   O Núcleo Pop.Rua, do [Laboratório Arq.Futuro de Cidades](https://www.insper.edu.br/laboratorio-de-cidades/) em parceria com o [Centro de Gestão e Políticas Públicas (CGPP)](https://www.insper.edu.br/pesquisa-e-conhecimento/centro-de-gestao-e-politicas-publicas/) do Insper, iniciou em junho as reuniões mensais em busca de contribuições científicas que possibilitem o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a população em situação de rua. A urgência fica explícita em alguns dados recentes. Pesquisa censitária da prefeitura de São Paulo indica a existência de 31.884 pessoas vivendo nessas condições na capital paulista em 2021. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima 221.869 pessoas em todo o país, mas só até março de 2020, quando a pandemia de covid-19 chegou ao Brasil. O Núcleo Pop.Rua defende a evidência e o conhecimento científico como bases para as políticas de estados e municípios na garantia dos direitos da população em situação de rua e na redução do número de pessoas nessa condição. “Queremos construir um manual para a formulação de políticas públicas a partir desse levantamento de evidências”, diz Laura Almeida Ramos de Abreu, coordenadora assistente do núcleo. O trabalho do Pop.Rua facilitará o intercâmbio com outros núcleos, professores e alunos que têm interesse na temática. Também pretende promover oficinas e debates com a participação de gestores públicos, especialistas e representantes-chave e difundir o conhecimento gerado e sistematizado sobre população em situação de rua. A primeira reunião de trabalho discutirá a definição, a magnitude e a evolução da população em situação de rua. O plano de trabalho está dividido em nove blocos, e cada bloco contará sempre com a participação de especialistas convidados que pesquisam na área. Segundo Laura Abreu, no primeiro bloco, serão apresentados dados que possibilitam realizar o dimensionamento da população em situação de rua no contexto brasileiro, verificar a evolução histórica, e identificar a heterogeneidade dessa população. Os próximos blocos tratarão dos seguintes temas: As consequências privadas e coletivas da vida na rua e qual a dimensão dessas consequências; Por que algumas pessoas e famílias são levadas à situação de rua, além da identificação dos determinantes e da sua magnitude; As políticas públicas mais eficazes em prevenir que pessoas e famílias precisem recorrer à situação de rua para a sobrevivência; Para o atendimento proativo, quais são as estratégias mais adequadas e eficazes para abordar, acolher, dar voz e visibilidade e cadastrar essa população; As ações públicas que devem ser acionadas para garantir os direitos da população em situação de rua depois do devido acolhimento; Os motivos que levam à permanência de pessoas e famílias na situação de rua e como dar voz e identificar as razões e as necessidades da população em situação de rua; Formas de trabalhar em conjunto com as pessoas e as famílias em situação de rua no redesenho dos seus projetos de vida; Resolutividade: programas públicos que são indispensáveis para que os projetos de vida dessa população possam ser realizados e a situação de rua superada.   Conhecimento transversal No Laboratório Arq.Futuro, há linhas de pesquisa em sobre mulheres e território, urbanismo social, cidade e regulação, mobilidade urbana, saúde urbana, arquitetura e cidade, economia urbana e ciência de dados, moradia e cidades inteligentes. Já o CGPP reúne quatro cátedras, três centros de pesquisa, dois núcleos e uma rede para a geração de conhecimento, cobrindo áreas como educação, mercado de trabalho, saúde, impacto socioambiental, agronegócio, economia, relação entre Estado e organizações e entre Estado e pessoas. “O Núcleo Pop.Rua é muito transversal para diversos núcleos de pesquisa que existem no Insper e em outros centros de pesquisa”, afirma Laura. Dois produtos estão nos planos do Núcleo Pop.Rua. O primeiro é um manual de sistematização das evidências disponíveis para apoiar a formulação de políticas públicas voltadas à população em situação de rua. Esse documento terá os gestores públicos como público-alvo. O segundo é a produção de um livro em conjunto com diversos pesquisadores interessados na temática, para apresentar a fronteira do conhecimento sobre políticas públicas voltadas a essa população. LEIA TAMBÉM: [O difícil caminho para a autonomia da população em situação de rua](https://www.insper.edu.br/noticias/o-dificil-caminho-para-a-autonomia-da-populacao-em-situacao-de-rua/) [Política pública para a população de rua sofre com a falta de dados](https://www.insper.edu.br/noticias/politica-publica-para-a-populacao-de-rua-sofre-com-a-falta-de-dados/)"}]