[{"jcr:title":"Mapeando o combate à violência contra a mulher no Brasil"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Mapeando o combate à violência contra a mulher no Brasil","jcr:description":"A Lei Maria da Penha trouxe avanços importantes. Ainda assim, uma mulher foi vítima de feminicídio no país a cada 7 horas em 2021"},{"subtitle":"A Lei Maria da Penha trouxe avanços importantes. Ainda assim, uma mulher foi vítima de feminicídio no país a cada 7 horas em 2021","author":"Ernesto Yoshida","title":"Mapeando o combate à violência contra a mulher no Brasil","content":"A Lei Maria da Penha trouxe avanços importantes. Ainda assim, uma mulher foi vítima de feminicídio no país a cada 7 horas em 2021   Bernardo Vianna   Sancionada em agosto de 2006, a [Lei Maria da Penha](https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/resumo-da-lei-maria-da-penha.html) criou mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres, casos que, antes da nova lei, eram considerados como de menor potencial ofensivo. Na prática, a violência de gênero, antes da Lei Maria da Penha, era banalizada e a punição do homem autor de violência, em geral, reduzia-se ao pagamento de cestas básicas.   Considerada pelas Nações Unidas um dos marcos legais mais avançados do mundo no que diz respeito ao enfrentamento da violência contra as mulheres, a Lei Maria da Penha trouxe, entre suas principais inovações, as medidas protetivas de urgência para as vítimas. Esse mecanismo tem o objetivo de prevenir ou interromper imediatamente a violência contra a mulher e permite que a medida protetiva seja pedida pela vítima e expedida pela Justiça de forma emergencial, inclusive por autoridade policial nos municípios que não sejam sede de comarca e quando não houver delegado disponível no momento da denúncia.       Além disso, a Lei Maria da Penha prevê a criação de uma série de equipamentos para compor a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres: delegacias especializadas de atendimento à mulher, casas-abrigo, centros de referência da mulher e juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outros. Esses equipamentos, no entanto, ainda não estão equitativamente distribuídos pelo território brasileiro e, entre um estado e outro, essa rede de proteção pode ser mais ou menos efetiva.       O desafio diante da rede de proteção à mulher, no Brasil, ainda é considerável. No país, de acordo com dados levantados pelo [Fórum Brasileiro de Segurança Pública](https://forumseguranca.org.br/) , em média, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas em 2021. Segundo o estudo [Violência contra mulheres em 2021](https://forumseguranca.org.br/content/dam/insper-portal/legacy-media/2022/03/violencia-contra-mulher-2021-v5.pdf) , entre março de 2020, mês que marca o início da pandemia da covid-19, e dezembro de 2021, foram registrados 2.451 casos de feminicídio e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino.  "}]