[{"jcr:title":"Dados geoespaciais transformam a rotina de pessoas e organizações"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Dados geoespaciais transformam a rotina de pessoas e organizações","jcr:description":"A capacidade de descrever com precisão o local onde estão pessoas e objetos e onde acontecem eventos específicos é crucial para diferentes setores, da gestão pública ao combate a pandemias"},{"subtitle":"A capacidade de descrever com precisão o local onde estão pessoas e objetos e onde acontecem eventos específicos é crucial para diferentes setores, da gestão pública ao combate a pandemias","author":"Ernesto Yoshida","title":"Dados geoespaciais transformam a rotina de pessoas e organizações","content":"A capacidade de descrever com precisão o local onde estão pessoas e objetos e onde acontecem eventos específicos é crucial para diferentes setores, da gestão pública ao combate a pandemias   Tiago Cordeiro   Planejamento urbano, gestão de programas sociais, monitoramento do avanço de doenças contagiosas, organização de processos logísticos, monitoramento de atividades criminosas, jornalismo de dados, análise de processos migratórios, desenho de ações de marketing. A lista poderia prosseguir por muitos parágrafos. Em comum, essas atividades têm o fato de impactarem diretamente a vida das pessoas, nos mais variados aspectos. E todas são apoiadas em dados geoespaciais. De acordo com uma [estimativa](https://www.ibm.com/blogs/insights-on-business/consumer-products/2-5-quintillion-bytes-of-data-created-every-day-how-does-cpg-retail-manage-it/) da IBM, 80% dos 2,5 de exabytes gerados diariamente no mundo são, de alguma forma, geográficos (cada exabyte corresponde a 1 bilhão de gigabytes). “Tudo o que acontece, podemos dizer, acontece em algum lugar, e a informação a respeito da localização é de extrema relevância”, diz o professor [André Filipe de Moraes Batista](https://www.insper.edu.br/pesquisa-e-conhecimento/docentes-pesquisadores/andre-filipe-de-moraes-batista/) , coordenador técnico do novo [Centro de Ciência de Dados do Insper](https://www.insper.edu.br/pesquisa-e-conhecimento/centro-de-ciencia-de-dados/) . Há séculos a humanidade investe na capacidade de indicar onde, no planeta, um determinado fenômeno aconteceu em determinado momento. Como aponta o projeto [Geospatial Revolution](https://www.geospatialrevolution.psu.edu/) , desenvolvido pela WPSU Penn State, desde pelo menos a Antiga Mesopotâmia, há 6 mil anos, diferentes civilizações investem em tecnologias aplicadas a censos, mapas e sistemas de localização. Recentemente, com os satélites e as tecnologias de extração e interpretação de dados, essa área passou a avançar de forma exponencial — como sabe muito bem qualquer pessoa que tenha utilizado sistemas de localização por GPS em seus smartphones. “A tecnologia, com a capacidade computacional, a capacidade de armazenamento e a área de analytics, elevou a área de dados geoespaciais a um nível inédito de precisão, agilidade e poder de gerar insights a partir de vastos volumes de informações”, afirma Batista.   Gestão pública Os dados geosespaciais permitem, por exemplo, monitorar epidemias, acompanhando os casos iniciais e a direção em que avançam, além de viabilizar o monitoramento das ações de contenção, avaliando quais delas são mais ou menos eficazes. Da mesma forma, ganha eficiência o planejamento urbano, baseado em dados fornecidos pelos movimentos migratórios de uma metrópole e pelas mudanças do posicionamento dos moradores dentro de cada cidade. “Algumas questões de privacidade precisam ser equalizadas, mas as informações que pessoas e objetos produzem quando se movimentam têm impacto nas mais variadas cadeias econômicas e, em especial, na gestão pública, inclusive no estabelecimento de perfis de padrão para o controle da criminalidade”, diz Batista. A eficácia de programas sociais, ou mesmo o padrão de deslocamento de animais de uma fazenda, também tem a ganhar com a gestão de dados de localização. “A dimensão espacial permeia, direta ou indiretamente, uma série de temas relacionados ao agronegócio”, afirma um [estudo](https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/126966/1/capitulo08-106-14.pdf) desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), “sendo um fator essencial que deve sempre ser considerado nas diferentes atividades de pesquisa nos mais variados domínios”. O professor do Insper lembra que o novo [Centro de Ciência de Dados](https://www.insper.edu.br/noticias/novo-centro-de-ciencia-de-dados-consolida-o-insper-como-referencia-na-area/)  da instituição vai fortalecer as ações focadas em dados geosepaciais. “O centro vai desenvolver e manter um conjunto de ferramentas focado no aspecto georreferencial, adicionando dados e capacidade de análise”, afirma.  "}]