[{"jcr:title":"O custo de alternar entre diferentes sites e aplicativos ao longo do dia"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"O custo de alternar entre diferentes sites e aplicativos ao longo do dia","jcr:description":"Migrar de um programa a outro é uma tarefa corriqueira que consome até 9% da jornada anual de um trabalhador, aponta estudo"},{"subtitle":"Migrar de um programa a outro é uma tarefa corriqueira que consome até 9% da jornada anual de um trabalhador, aponta estudo","author":"Ernesto Yoshida","title":"O custo de alternar entre diferentes sites e aplicativos ao longo do dia","content":"Migrar de um programa a outro é uma tarefa corriqueira que consome até 9% da jornada anual de um trabalhador, aponta estudo   No ambiente digital de trabalho de hoje, uma das ações mais corriqueiras para os funcionários dos escritórios é alternar entre diferentes aplicativos e sites enquanto realizam suas tarefas. Por exemplo, uma pessoa está respondendo a um e-mail e clica em um aplicativo para consultar sua agenda, entra em um site para buscar uma informação, abre uma planilha para checar um dado e acessa um bloco de notas para anotar uma ideia que lhe ocorre no momento. Essa ida e vinda entre sites e aplicativos se repete centenas de vezes ao longo do dia e representa um considerável desperdício de tempo e energia, de acordo com um artigo publicado na revista [Harvard Business Review](https://hbr.org/2022/08/how-much-time-and-energy-do-we-waste-toggling-between-applications) . Os autores (Rohan Narayana Murty, Sandeep Dadlani e Rajath B. Das) analisaram, por até cinco semanas, as rotinas de 20 equipes, totalizando 137 usuários, em três empresas que figuram no ranking das 500 maiores da revista Fortune . Eles descobriram que os funcionários alternavam entre sites e aplicativos cerca de 1.200 vezes por dia. O problema nessa troca-troca de janelas de aplicativos é o que os autores chamam de “imposto de alternância”. Quando um usuário muda de um aplicativo para outro, não é apenas o ato físico de pressionar as teclas para mudar as telas que exige esforço. Leva tempo também para a pessoa se ajustar ao novo aplicativo, seu contexto semântico e propósito após uma troca. Por exemplo, quando uma pessoa muda de um programa de e-mail para uma planilha, as duas interfaces e finalidades são muito diferentes. Antes de prosseguir com a tarefa, ela acaba gastando um tempinho para ajustar a mente ao leiaute e às funcionalidades do novo aplicativo. De acordo com os autores do estudo, as equipes monitoradas por eles gastavam quase quatro horas por semana se reorientando depois de alternar para um novo aplicativo. Ao longo de um ano, isso totaliza cinco semanas de trabalho, ou 9% da jornada anual de trabalho. Houve o caso de uma companhia de bens de consumo na qual esses números foram ainda maiores. Para executar uma única transação da cadeia de suprimentos, cada funcionário envolvido trocou cerca de 350 vezes entre 22 aplicativos e sites diferentes. Ao longo de um dia normal, isso significa que um único funcionário precisou alternar entre aplicativos e janelas mais de 3.600 vezes. A maioria dos aplicativos corporativos não foi projetada para se conectar entre si, obrigando as pessoas a buscarem dados em alguns aplicativos e, em seguida, transferirem para outros sistemas. Os processos e as tarefas que as pessoas executam rotineiramente abrangem vários aplicativos, exigindo uma alternância constante. Os autores do estudo observam que não é plausível criar um aplicativo corporativo abrangente. Mas há várias coisas que os gestores poderiam fazer para melhorar a situação. As empresas poderiam, por exemplo, personalizar o design de aplicativos modernos para todos os usuários da organização, em vez de fazer isso apenas para alguns usuários avançados selecionados, como é o padrão hoje. A principal mensagem dos autores do estudo é que, na era do alto desgaste, é crucial que as empresas priorizem a melhoria da experiência dos funcionários tanto quanto se preocupam com os lucros e com a experiência dos clientes. “As empresas de marcas de consumo investem milhões de dólares traçando as jornadas longitudinais do consumidor e gráficos com milhões de pontos de dados específicos sobre como os consumidores agem, interagem entre canais, aplicativos e ambientes físicos. Em seguida, elas gastam centenas de milhões de dólares promovendo as mensagens e interações certas, empurrando para uma experiência de compra perfeita”, escreveram os autores do estudo. “Os líderes podem aprender com elas a fazer o mesmo por seu pessoal — seus ativos mais produtivos.”"}]