O tema tem ganhado atenção nas empresas, pois são as habilidades socioemocionais que determinam a trilha da carreira, além da formação de parcerias, contatos e networking de empreendedores. Um exemplo é o do ex-aluno Venâncio Guimarães, diretor de Pessoas e Cultura do grupo de saúde Dasa
Venâncio Guimarães se formou em Administração no Insper em 2005 e desde então vem atuando em grandes empresas do mercado financeiro e da saúde.
Ele retornou ao Insper em 2010 para fazer um MBA Executivo, que concluiu em 2012. As passagens pela escola foram fundamentais para o desenvolvimento de sua carreira, que ocorreu principalmente na área de gestão de recursos humanos e já dura mais de 15 anos. Guimarães passou por cadeiras nos subsistemas de Produtos, Business Partner e Operações em empresas como Itaú-Unibanco e Banco Safra.
Atualmente com 38 anos, ele trabalha na Dasa, uma das maiores redes de saúde integrada do Brasil. Lá, além da gestão de recursos humanos, teve oportunidades nas áreas de Estratégia e Transformação Digital, bem como em Experiência do Cliente. Atualmente, é diretor de Pessoas e Cultura do grupo.
Conversamos com ele sobre a importância das soft skills no desenvolvimento de carreiras e quais são as mais importantes em sua área de atuação. Confira a seguir.
Conte um pouco sobre sua experiência no Insper.
No Insper, minha experiência foi além do currículo acadêmico (aulas, cases e discussões). Durante meu período de graduação, tive o privilégio de participar das atividades promovidas pelo Diretório Acadêmico, pela Atlética e pela Empresa Jr. Cada uma dessas entidades contribuiu para meu aperfeiçoamento ao me expor a simulados e práticas de atributos profissionais que enfrento hoje. Definitivamente, o Insper ajudou a me tornar o profissional e ser humano que sou hoje.
Qual é a sua posição profissional hoje?
Atualmente, sou diretor de Pessoas e Cultura da Dasa, maior rede de saúde integrada da América Latina, com a missão de viabilizar boas práticas que materializem nosso posicionamento como uma empresa que “cuida de quem cuida”. Somos mais de 40 mil colaboradores em todo o Brasil trabalhando pelo propósito de cuidar das pessoas integralmente por toda a vida. E queremos atrair novos #DasaLovers para construir com a gente a saúde que as pessoas desejam e que o mundo precisa.
O que você entende por soft skills e qual a importância delas para o desenvolvimento de carreiras, particularmente na área de recursos humanos?
De maneira simplificada, entendo soft skills como as habilidades, comportamentos e competências de cada pessoa. Cada vez mais esse tema tem ganhado atenção central das empresas e dos setores de recursos humanos, pois são as soft skills que determinam a trilha de carreira de uma pessoa dentro da empresa e/ou na formação de parcerias, contatos e networking de empreendedores. Antes deixadas mais para segundo plano, hoje as soft skills têm tanta importância quanto os hard skills, as habilidades técnicas.
Como você acha que desenvolveu suas soft skills? Quais ambientes e desafios foram fundamentais?
Vejo que o desenvolvimento das soft skills ocorreu em fases diversas na minha vida. Mais jovem, o esporte (especialmente coletivo) me ajudou muito na interação, no comprometimento e no engajamento com o que eu precisava realizar.
Na faculdade, as entidades como Diretório Acadêmico, Atlética e Empresa Jr. simularam situações reais e foram bons testes para o que eu enfrentaria na vida profissional mais tarde, ajudando a me tornar o que sou hoje. Naturalmente, em ambos (esportes e universidade) me conectei com aquilo de que gostava e assim fui aprimorando tais características.
Você já passou por várias cadeiras em diferentes empresas, desde trainee, analista, cargos de coordenação, incluindo o gerenciamento de pessoas e, atualmente, direção. Quais soft skills considera mais importantes em cada fase da carreira?
Acho que características como resiliência, persistência, foco e saber trabalhar em time são inerentes a qualquer cadeira, independentemente da função e setor em que se atua. À medida que você vai crescendo na trajetória profissional, atributos como gestão de time, alinhamento estratégico e visão sistêmica passam a ser soft skills mais aprimoradas.
Quais as três soft skills que você considera mais importantes na hora de definir uma contratação para sua equipe?
Humildade (para aprender), persistência/obstinação (para crescer) e saber trabalhar em time (para engajar mais pessoas ao propósito/objetivo).
Se você pudesse estabelecer uma proporção de contribuição entre soft e hard skills na sua carreira, qual seria?
Acho difícil tornar isso tangível em números. Penso na distribuição de soft skills e hard skills como uma balança. Ora ela pende para um lado, ora para o outro. Por exemplo, em situações mais técnicas (uma análise macroeconômica, geração de um relatório específico ou, ainda, desenvolvimento de algum código de programação) você usará mais as hard skills. Mas para cada uma dessas ações existem atributos soft skills importantes. Por outro lado, em situações de maior alinhamento ou mesmo que exijam mais dinamismo, atributos relacionados a soft skills acabam se tornando muito relevantes.