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Os balanços das empresas são confiáveis?

Debate analisa conceitos de fraude e de gerenciamento de resultados e explora incentivos e práticas no âmbito da contabilidade

Debate analisa conceitos de fraude e de gerenciamento de resultados e explora incentivos e práticas no âmbito da contabilidade

No último dia 18 de junho, realizamos o webinar Fraudes contábeis e gerenciamento de resultados: podemos confiar nos balanços? No encontro, Eric Barreto e Camila Boscov, professores do Insper, e José Elias Feres de Almeida, presidente da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, discutiram sobre eventuais similaridades, diferenças e confusões relacionadas aos conceitos de fraudes e gerenciamento de resultados no âmbito da contabilidade, e exploraram alguns incentivos e práticas. A mediação foi realizada por Cristiane Kussaba, professora do Insper.

José Elias iniciou o debate explicando a diferença entre os conceitos de gerenciamento de resultados e o de fraude contábil. “Gerenciamento de resultados é a flexibilidade que os próprios padrões contábeis e as leis permitem, enquanto a fraude se caracteriza quando existe o reconhecimento de transações que não ocorreram, com o objetivo de ludibriar investidores e credores.”

De acordo com Eric, a fraude é inicialmente caracterizada como erro contábil. “Porém, somente se afirma que uma empresa está cometendo fraude quando é possível reconhecer a intenção. Como a intenção é algo muito difícil de se comprovar, normalmente uma possível alteração é tratada como erro, a não ser que exista evidência ao contrário.”

O ambiente de incentivos para a ocorrência de fraudes, de acordo com José Elias, varia conforme a estrutura de governança das empresas. “Onde essa governança é fraca, há mais liberdade para que decisões não interessantes sejam tomadas. Já empresas mais transparentes, com uma efetiva governança corporativa, ajudam a reduzir incentivos que levam a essas práticas.”

Recorrência de fraudes

O debate incluiu a participação do público, que encaminhou perguntas sobre diversos temas. Entre elas, a respeito da recorrência de fraudes. Segundo Eric, a fraude é um dispositivo utilizado com o objetivo de burlar regras. “Então, se há fraude conhecida, a próxima vai ser diferente dessa primeira. A repetição de fraudes acontece, mas normalmente não em uma sequência. O procedimento cai em esquecimento antes que aconteça novamente.” Como exemplo, foram analisadas as semelhanças e diferenças dos casos da companhia de energia Enron, em 2001, e do Lehman Brothers, banco que faliu em 2008.

A interação ainda suscitou conversa sobre o papel dos auditores externos e internos na prevenção de fraudes contábeis e a importância das notas explicativas das demonstrações contábeis.

Acompanhe o webinar na íntegra

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