Os professores Lars Sanches, Carla Ramos, Giuliana Isabella, Adalto Gonçalves e André Duarte receberam na quinta-feira, dia 17 de junho, a comunicação de que venceram a 1ª edição do prêmio PRME Recognition Awards, criado pela Organização das Nações Unidas.

Para a seleção e a premiação, a ONU considera como critérios que os projetos tenham integrado sua estratégia aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com resultados comprovados de benefício coletivo, apoiem princípios do PRME – Principles for Responsible Management Education – e tenham reconhecimento dentro da própria instituição à qual o projeto está ligado.

Dentre os dez finalistas na categoria professores, o Insper foi reconhecido com o projeto Campo Favela, liderado pelos docentes. Iniciado em 2020, o projeto social teve a missão de conectar a produção de pequenos agricultores – que não tinham para onde escoar a produção, pelo fechamento dos restaurantes e escolas – a moradores de favelas que sofrem com a falta de alimentos causada pela queda de renda na pandemia. No seu conjunto, a ação envolve habitantes de cidades do interior paulista, da Grande São Paulo e da cidade do Rio de Janeiro.

O projeto Campo Favela trouxe resultados com impacto direto em quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU – fome zero e agricultura sustentável, educação de qualidade, redução das desigualdades, e consumo e produção responsáveis.

Para realizar a inscrição no prêmio, contamos com o apoio da professora Priscila Claro, que organizou o material no formato exigido pela organização e representou a escola na indicação do projeto.

Com a participação da Comunidade Insper, desde estudantes da graduação, pós-graduação, alumni e docentes, foram recebidas doações de pessoas físicas e jurídicas. Nesse quase um ano de operação, foram arrecadados mais de R$ 3 milhões de reais, permitindo beneficiar cerca de 1.500 agricultores familiares e entregar mais de 873 mil quilos de alimentos para 101 mil famílias vulneráveis.

“O projeto Campo Favela foi fundamental para cerca de cem mil de famílias em diversas favelas em todo o país, não só por disponibilizar alimentos, mas também por levar produtos saudáveis como frutas, legumes, verduras e ovos. Esses produtos complementam os produtos não-perecíveis doados nas cestas tradicionais, permitindo uma dieta mais adequada. Para os agricultores familiares, os mais de 1 milhão de quilos comprados às vezes representavam a única fonte de renda de algumas dessas famílias. Essa renda não só permitiu que eles não passassem dificuldades financeiras, mas também ajudou a manterem a capacidade de produzir quando a demanda regular de produtos voltasse à normalidade” comenta o professor Lars Sanches, idealizador do projeto.

Em fevereiro de 2021, com a iniciativa estruturada e trazendo excelentes resultados, o Campo Favela deixou de ser conduzido pelos professores do Insper. Entretanto, a ideia continua e atualmente é gerenciada pela Gestão Origami, consultoria em negócios sustentáveis, pelo Grupo Yara, empresa do setor de fertilizantes, e pela Cooperativa da Agricultura Familiar de Sete Barras, responsáveis pela perenidade do projeto desde então.

Conheça o projeto Campo Favela