Em entrevista, Helio Mata Machado, Alumnus Insper, fala sobre sua experiência e trajetória profissional
A Comunidade Alumni Insper é rica em talentos e diversidade. Formada por mais de 24 mil integrantes, ela possui inúmeras histórias de impacto social e evolução profissional. Helio Mata Machado, alumnus de Administração (2005), tem uma carreira marcada pelo espírito empreendedor. Mesmo antes de iniciar a faculdade, ele já tinha iniciado sua própria empresa, à época focada no desenvolvimento de websites.
No decorrer de sua carreira, o alumnus teve passagens por importantes empresas como a Endeavor, onde entrou como voluntário, iniciou a operação do escritório do Rio de Janeiro e na qual realizou uma empreitada internacional, com a implantação da empresa na África do Sul. Também fez parte do time da marca de moda Osklen, onde começou como analista e terminou seu ciclo como membro do Conselho de Administração, cargo que ocupou por alguns anos após a venda da empresa e constituição do family office da família vendedora, onde ficou como CIO por cinco anos.
Em 2018, entrou para o time da NWB – Network Brasil, produtora de conteúdo sobre esporte e dona dos canais Desimpedidos e Acelerados no Youtube. Fundada em 2013, a NWB tem mais de 70 canais afiliados. Juntos, eles somam mais de 80 milhões de seguidores no Instagram e 60 milhões de inscritos no Youtube. No final de 2020, o Grupo SBF, dono da Centauro e da Nike Brasil, anunciou a compra da NWB.
Helio conta que a passagem por empresas de segmentos diferentes, cumprindo funções distintas, o tornou um profissional generalista, mas com viés de gestão executiva. “A minha trajetória em diferentes segmentos me fez desenvolver minhas habilidades empreendedoras, principalmente de gestão, desde RH a finanças, mas com muito investimento em estratégia. Além disso, sempre tive o ´propósito´ como drive”, disse o alumnus.
Na entrevista a seguir, Helio nos conta mais sobre sua carreira e como o Insper contribuiu para o seu desenvolvimento. Confira:
1) Quais foram os principais aprendizados na sua carreira?
Diria que o mais relevante é que a resiliência é um aprendizado contínuo. Depois, vale dizer que a gratidão que você tem por outros não garante a gratidão destes para contigo. Também é muito importante ter paciência e dar o tempo necessário para que as coisas aconteçam: as maiores conquistas vêm de oportunidades que ainda não enxergamos – esteja preparado para “leaps of faith” (saltos de fé) recorrentes.
2) Qual foi o seu maior desafio profissional até hoje?
Assumir a responsabilidade de preparar, negociar e fechar uma negociação de mais de 500 milhões de reais sem a estrutura adequada, tendo que reconstruir uma empresa enquanto negociava a transação (Osklen x Alpargatas – 2011 a 2013).
3) Como você analisa a sua experiência no Insper e como ela colaborou para a sua vida profissional?
A seriedade aplicada ao dia a dia do Insper, o código de ética, os valores dos meus contemporâneos de turma, colegas de classe e amigos de faculdade, o nível de qualidade exigido para concluir o curso… no final do dia, é a união de inúmeros fatores. Hoje, além da experiência do meu tempo de escola, a história que o Insper construiu e a reputação a ela relacionada abrem muitas portas.
4) Quais dicas e ensinamentos você daria aos alunos da Graduação do Insper que querem empreender?
Antes de mais nada: comecem logo. O custo de oportunidade de errar e começar de novo no início da carreira é muito baixo e vale a pena demais. O aprendizado inerente ao empreendedorismo ajuda de diversas formas. Não conheço profissionais que tenham tentado empreender e, mesmo que falhado, tenham tido problemas de colocação no mercado de trabalho.
Em seguida, reforçaria que a vida adulta e a carga de experiência profissional trazem consigo uma serie de vieses que dificultam o empreender tardio – não impedem de forma alguma, mas dificultam!
Para o dia a dia: planejar demais normalmente afasta o “fazer”. O “salto de fé”, as seguidas iterações e a resiliência fazem muito mais sentido que um excelente business plan.
Por último, fica a opinião de que vivemos a era do “free money”. Boas ideias, unidas a capacidade de execução, terão funding e suporte de qualidade.