Preparamos um guia que esclarece dez dúvidas básicas daqueles que estão prestes a concluir um curso superior – ou que já possuem um diploma na mão – e querem iniciar uma nova jornada, complementando sua formação com uma pós-graduação.

A partir dessa visão geral, o candidato estará melhor preparado para iniciar uma pesquisa própria e identificar as áreas de preferência em conhecimento e quais instituições de ensino que melhor atendem às suas expectativas.

Para o ano letivo com início em 2022, as escolas já estão divulgando informações sobre os seus programas de pós-graduação. O Insper, por exemplo, está recebendo inscrições dos interessados em participar do “Encontro com a Coordenação”.

“Idealizado para auxiliar os candidatos no processo de análise e decisão pelo programa de pós, o evento online é gratuito e apresenta a grade curricular, os objetivos de aprendizagem, o corpo docente e as extensões internacionais”, diz Marisa Villas Boas Dias, coordenadora da pós-graduação lato sensu do Insper.

“Essa é uma oportunidade para que os interessados possam conhecer nossos programas com todos os detalhes e tirar todas as suas dúvidas diretamente com a coordenação, possibilitando, assim, uma melhor tomada de decisão”, afirma David Kallás, coordenador executivo da pós-graduação lato sensu do Insper.

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Vamos à leitura!

10 perguntas e respostas sobre pós-graduação

1) É possível fazer graduação e pós ao mesmo tempo?

Não é possível. Para entrar em uma pós-graduação, é preciso ter terminado o ensino superior.

2) Quem pode fazer uma pós?

Todos aqueles que concluíram um curso superior — como bacharelado, licenciatura ou tecnólogo (não confundir com o técnico, que é de nível médio). A pós não precisa ser da mesma área de estudo da graduação.

3) Por que fazer uma pós?

Pesquisas apontam que há uma melhoria salarial aos que possuem uma pós-graduação no currículo ou até mesmo em uma mudança de carreira, com a aquisição de um novo conhecimento teórico e prático.

Um levantamento feito pela Catho Educação indicou que os profissionais em cargos de coordenação com pós ou mestrado/doutorado podem ter rendimentos, respectivamente, até 53,7% a 47,4% maiores que aqueles que não têm a mesma formação. Maiores chances de empregabilidade durante períodos críticos da economia, ou de retração de empregos, também são apontadas como vantagens para os pós-graduados.

Além disso, vale ressaltar a importância do aprendizado e do desenvolvimento de novos conhecimentos e competências adquiridos na realização de uma pós-graduação, o que resulta em melhor preparação para uma performance profissional mais eficaz.

4) Quais cursos são de pós?

Genericamente falando, todo curso feito após uma graduação completa poderia ser considerado uma pós, mas nem toda pós é reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Há cursos classificados como livre, executivo, de extensão, de aperfeiçoamento, de especialização, mestrado, doutorado e MBA.

Isso porque as instituições de ensino renovam e diversificam constantemente a oferta de cursos para qualificar os profissionais que já estão no mercado. Os programas de pós-graduações são divididos em lato sensu e stricto sensu (continue lendo para saber mais sobre eles!).

5) Quantos cursos de pós existem?

Milhares. No Brasil, somente na pós-graduação stricto sensu, que são os cursos de mestrado e doutorado, existiam 4.650 programas em 2020, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

No lato sensu, que compreende as especializações e MBAs, apesar de não existirem dados oficiais, os números são certamente superiores pelos cursos estarem voltados para o mercado de trabalho e não para a carreira acadêmica, ensino e pesquisa como são os de stricto sensu.

A última pesquisa realizada pelo Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, indicou que havia 1,18 milhão de matriculados em cursos lato sensu em 2019.

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6) Onde posso estudar uma pós?

Pode-se estudar tanto no exterior quanto no Brasil, que já possui cursos de excelência tão competitivos quanto os existentes fora do país. Há instituições brasileiras de ensino que oferecem programas em parceria com instituições estrangeiras e que podem incluir curtas temporadas no exterior ou atividades remotas com alunos de nacionalidades diversas, entre outros diferenciais.

7) Preciso dominar um idioma estrangeiro?

Depende. Se for estudar no exterior, é preciso passar antes em testes de proficiência de um idioma estrangeiro, com provas que são aplicadas no Brasil. No Brasil, já existem instituições de ensino em que o inglês é o idioma que prevalece em sala de aula, e outras em que somente o conhecimento de português é necessário. Contudo, o material de leitura pode ser em outra língua, principalmente o inglês e o espanhol, seguido do alemão e francês. No caso do Insper, é necessário que o aluno saiba ler em inglês, conhecimento testado no processo seletivo.

8) Preciso fazer prova para ser admitido?

Cada instituição adota um método de admissão. Algumas analisam o currículo profissional e a formação escolar do candidato, que é entrevistado por um coordenador do curso. Outras indicam leituras de livros e aplicam provas dissertativas. Há também aquelas que consideram apenas uma proposta de estudo e como o candidato pretende desenvolvê-lo. E, por fim, o que geralmente diferencia um candidato de outro na seleção é ser claro e objetivo quanto ao que pretende obter com uma pós-graduação na entrevista individual.

9) As aulas são todos os dias?

Não. A escala de estudos da pós é diferente da graduação, e pode-se optar por aulas totalmente remotas, presenciais ou semipresenciais, dependendo da instituição de ensino. Algumas, inclusive, têm aulas aos finais de semana, o que favorece quem vem de outras cidades para estudar.

10) Quanto custa uma pós?

Nas instituições públicas, o mestrado e o doutorado não são pagos, mas praticamente exigem dedicação integral do estudante, além de existirem cursos de especialização que podem ser ou não ser pagos.

Já as particulares oferecem cursos de pós-graduação pagos que, em contrapartida, podem ser conciliados com o trabalho. Tanto para os estudantes das instituições públicas quanto das particulares, há bolsas de estudo parciais ou integrais.

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