Ricardo Rocha e Otto Nogami, professores do Insper, abordaram o assunto em webinar e também analisaram oportunidades de investimento e outros pontos de atenção relevantes para o momento
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Em períodos de crise, de qualquer natureza, precisamos rever nosso planejamento financeiro pessoal e estruturar boa gestão de patrimônio para fortalecer a saúde financeira. Em webinar realizado no dia 22 de abril, Ricardo Rocha e Otto Nogami, professores do Insper, falaram sobre o que é necessário para realizar um planejamento financeiro pessoal de forma adequada, oportunidades de investimento e outros pontos de atenção necessários para superar esse momento de crise. Confira, a seguir, os principais destaques.
Etapas para o planejamento financeiro pessoal
De acordo com Ricardo Rocha, esse período de crise traz a oportunidade de refletirmos sobre o nosso planejamento financeiro pessoal. Para isso, podemos dividir esse planejamento em três etapas. A primeira se refere à consciência. “A partir do momento que eu gero renda por meio de meu trabalho ou prestação de serviço, tenho que ser protagonista do meu planejamento financeiro”, disse Ricardo.
A segunda etapa consiste na viabilização de sobras, as chamadas reservas. “Em um primeiro momento, essas sobras deverão ir para algum produto financeiro, até que você possa ter um bom volume guardado de dinheiro que possa ser destinado, em primeiro lugar, para suas necessidades e, em segundo, para seus sonhos e desejos”.
A educação financeira do investidor completa a terceira etapa do planejamento financeiro pessoal. “O investidor precisará entender qual a lógica dos mercados e como eles reagem para que possa decidir com melhores condições.”
Ricardo chamou a atenção para o fato de que as pessoas que conseguem acumular reservas têm melhores oportunidades. “Primeiro, que sobrevivem melhor, mesmo com cortes, porque toda crise passa. Segundo: quem tem sobras adequadas, sempre pode realizar bons negócios, desde que não comprometa o seu fluxo de caixa. Há boas oportunidades na renda fixa, na renda variável, em investimentos alternativos. O melhor investimento, portanto, em primeiro lugar, é guardar dinheiro”.
Adequação do consumo e atenção a indicadores
O aspecto de se renunciar ao consumo em função de uma renda disponível foi destacada por Otto. “Muitos se fazem a pergunta: como economizar se não tenho renda? Podemos responder com outra pergunta: será que nosso estilo de consumir é adequado à nossa renda?”.
O professor também ressaltou que a importância do planejamento financeiro pessoal, independente de rentabilidade, passa também por acumular riqueza para garantir bem-estar na aposentadoria. “Há a recomendação de guardar 20% da renda disponível e só ter contato com esse montante quando entrarmos nesse período de nossas vidas.”
Ainda segundo Otto, é necessário monitorar indicadores como a inflação, a taxa de juros Selic e a taxa de câmbio como medida que todos devem levar em consideração para protegerem suas reservas. “Há aplicações seguras, como cadernetas de poupança e fundos de renda fixa, que preservam o poder de compra da moeda ao longo do tempo. A partir do momento que já tenho uma riqueza acumulada, com o qual eu possa sobreviver por seis meses, um ano, é possível me aventurar em ativos de maior risco, como renda variável e fundos imobiliários. A dica aqui é: coloque numa aplicação dessas um valor que, se eventualmente você perder, não afetará o bem-estar de seu futuro”.
Os professores finalizaram o webinar respondendo a questões de espectadores, que perguntaram como fazer para mostrar que o planejamento financeiro se paga, se o crowdlending é uma opção viável de investimento, a opinião sobre a necessidade de educação financeira nas escolas desde o ensino fundamental e a visão sobre a solidez da nossa moeda a longo prazo.
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