[{"jcr:title":"Insper e UNICEF se unem para propor inovações tecnológicas no campo da educação"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Insper e UNICEF se unem para propor inovações tecnológicas no campo da educação","jcr:description":"Acordo firmado entre as duas instituições busca desenvolver soluções inovadoras no acesso à tecnologia para crianças e adolescentes no Timor-Leste"},{"subtitle":"Acordo firmado entre as duas instituições busca desenvolver soluções inovadoras no acesso à tecnologia para crianças e adolescentes no Timor-Leste","author":"Insper","title":"Insper e UNICEF se unem para propor inovações tecnológicas no campo da educação","content":"Acordo firmado entre as duas instituições busca desenvolver soluções inovadoras no acesso à tecnologia para crianças e adolescentes no Timor-Leste (foto tirada antes do período de pandemia) Em 2020, Insper e [UNICEF](https://www.unicef.org/) firmaram um acordo de parceria para propor iniciativas de ICT (Information and Communication Technologies) , focando esforços na transformação digital e na criação de formas para potencializar a educação de crianças e adolescentes no Timor-Leste por meio de soluções tecnológicas. A parceria foi desenvolvida no primeiro semestre por Juliana Miranda Mitkiewicz, professora do Insper. Como primeira experiência, foi realizado um workshop de cinco dias no Timor-Leste, em fevereiro, reunindo representantes do Insper, da Unicef, e convidados do D-LAB do MIT e da Universidade de Singapura. Este encontro discutiu os desafios estratégicos nos diferentes campos de atuação da UNICEF no país. A partir dos desafios elencados neste primeiro encontro, foi planejada uma proposta pedagógica envolvendo alunos do Insper, com o objetivo de desenvolver soluções inovadoras para desafios de países em desenvolvimento fora do Brasil. “Assim como na disciplina [Design em Contextos Sociais](https://www.insper.edu.br/noticias/design-contextos-sociais-paraisopolis/) , que acontece dentro de Paraisópolis, queremos desenvolver modelos sustentáveis de negócios para o empoderamento da comunidade local”, explica Juliana. “A UNICEF Timor-Leste tem orgulho de ser parceira do Insper na criação de conteúdos para adolescentes e jovens. O conteúdo, focado em habilidades de finanças e empreendedorismo e baseado na expertise do Insper em criar ensinamentos direcionados, vai ajudar a realçar habilidades criticamente necessárias para a juventude no Timor Leste”, diz Valérie Taton, representante da UNICEF. Atividade complementar No primeiro semestre, uma primeira etapa foi desenvolvida com alunos do [GAS (Grupo de Ação Social do Insper)](https://www.gasinsper.com/) . No formato de uma atividade complementar, foi proposto o desafio de elaborar um script de vídeo para ensinar educação financeira familiar para adolescentes, no contexto da pandemia. “Com essa atividade, queríamos avaliar se os alunos iam se manter engajados e se entregariam valor para a UNICEF com suas propostas”, comenta Juliana. Luís Eduardo Barros Bayer foi um dos alunos do Insper – e membro do GAS – selecionados para participar dessa atividade complementar. “Desde o começo desse ano trabalhamos com a instituição para desenvolver um currículo de finanças básicas para os jovens timorenses.” A atividade complementar foi bem-sucedida e o script aprovado pela Unicef será levado para o Ministério da Educação do Timor-Leste. O governo do país está reformulando o percurso escolar do ensino fundamental e há interesse em incluir as habilidades discutidas no vídeo no currículo dos estudantes. A partir do interesse dos alunos em dar continuidade às propostas da atividade, foi lançada uma disciplina para continuar propondo soluções para os desafios de ICT diagnosticados pela Unicef. Disciplina Internacional A disciplina criada, Participatory Design for Humanitarian Development , está dentro da Trilha Internacional da Graduação do Insper e, não fosse a atual situação que impossibilita viagens, seria dividida em duas partes: primeiramente, os alunos elaborariam projetos e, em um segundo momento, fariam uma imersão local no Timor-Leste para implementar as soluções propostas durante um estágio na UNICEF. “Seria muito rico para nossos alunos ter esse estágio dentro do órgão internacional, mas, com a pandemia, isso não foi possível”, explica Juliana Mitkiewicz. No contexto do novo coronavírus, o curso foi remodelado para o formato remoto e surgiu a ideia de incluir alunos do Timor-Leste na disciplina. A direção da UNICEF selecionou sete alunos para participar da disciplina on-line. Os estudantes foram divididos em grupos multidisciplinares compostos por alunos do Insper e alunos internacionais, vindos em sua maioria da Europa e países vizinhos como Colômbia e Peru. Os alunos timorenses puderam se matricular também para estudar em outras disciplinas eletivas em inglês oferecidas pelo Insper. “Os estudantes do Timor-Leste foram matriculados regularmente como estudantes internacionais, podendo participar da Comunidade Insper durante todo o semestre”, relatou Juliana. Troca cultural Edilberto de Oliveira foi um dos alunos do Timor-Leste selecionados para participar do grupo de trabalho formado no Insper. Ele elogiou a experiência de intercâmbio e a iniciativa de criar soluções inovadoras em seu país. “Todos os professores nos deram bastante apoio e possibilitaram uma excelente oportunidade de aprendizado”. Para ele, a oportunidade de troca cultural com estudantes em um contexto internacional foi benéfica e interessante. “Meus colegas, em particular os brasileiros, enriqueceram a experiência ao me proporcionar uma visão da vida acadêmica brasileira, mesmo que por meios virtuais”, comentou Edilberto. A brasileira Isabela Assis, que mora no Timor-Leste desde 2001, também trabalhou com os alunos do Insper na atividade complementar do primeiro semestre e foi convidada a participar do programa proposto no segundo semestre. “Recebi um convite para essas propostas de soluções inovadoras com as ICT para a educação e a ideia me chamou muito a atenção porque a tecnologia não é muito desenvolvida aqui.” Ela acredita que o acesso à tecnologia pelas crianças e adolescentes no Timor-Leste é algo essencial no momento atual do país. “Contribuir na criação de projetos para trazer tecnologia e internet para perto das comunidades mais carentes é um privilégio e acredito que isso pode mudar muitas vidas”, relata a participante. Embora a pandemia tenha impossibilitado a realização do intercâmbio para o Timor-Leste, Luís reforçou a importância de integrar o projeto interdisciplinar com outros estudantes. “É sensacional conhecer pessoas tão diferentes e trocar conhecimento para resolver um problema tão latente e prejudicial ao Timor-Leste”, relatou o aluno do Insper. Proposta de aprendizado inovadora Ao final dos encontros, espera-se que os alunos apresentem propostas de negócio com impacto social para solucionar os problemas de ICT . “Hoje, eles estão lidando com três desafios principais de ICT , que são o acesso a devices, como notebook e celular, acesso à internet e analfabetismo digital”, explica Juliana. Desenvolvido em um formato learning express , o curso foi pensado para que os alunos aprendam de forma rápida e contínua a partir de experiências e cases reais de desenvolvimento humanitário global. Com o ritmo semestral, a disciplina continua sendo realizada, sempre com novos alunos, passando adiante os desafios. “Aplicamos metodologias de Design Thinking e de Design Participativo desenvolvidas por Stanford e MIT, recodificadas para a realidade brasileira”, diz Juliana. Para Luís Bayer, participar da disciplina também serve para enfrentar outros desafios dentro do Brasil. “Com esse aprendizado, podemos trabalhar na criação de soluções sustentáveis e de longo prazo pra fazer do nosso país um lugar socialmente e ambientalmente mais justo.”"}]