[{"jcr:title":"Com mais universitários, mercado de trabalho brasileiro melhorou","cq:tags_0":"tipos-de-conteudo:insper-conhecimento"},{"jcr:title":"Grid Container Section","layout":"responsiveGrid"},{"typeView":"vertical"},{"jcr:title":"Com mais universitários, mercado de trabalho brasileiro melhorou","jcr:description":"Estudo avalia que expansão do ensino superior de 2000 a 2010 está associada a mais emprego e renda"},{"subtitle":"Estudo avalia que expansão do ensino superior de 2000 a 2010 está associada a mais emprego e renda","altText":"Gráfico ilustrativo estudo universitário","status":"publish","slug":"ensino-superior-mercado-trabalho-brasil","title":"Com mais universitários, mercado de trabalho brasileiro melhorou","content":"Desde os anos 1950, a educação e seus impactos individuais e coletivos têm sido objeto de análise dos economistas. Dois pioneiros nesses estudos, [Theodore Schultz](https://www.nobelprize.org/prizes/economic-sciences/1979/schultz/biographical/) e [Gary Becker](https://www.nobelprize.org/prizes/economic-sciences/1992/becker/biographical/) reconheceram a educação como um investimento e iniciaram trabalhos para apurar os rendimentos do estoque de conhecimento, o chamado capital humano. Décadas de pesquisas acumuladas confirmaram a relação positiva entre o esforço educacional, de um lado, e o incremento na renda e em outros indicadores de bem-estar da pessoa e da comunidade, do outro. Está, a esta altura, bem assentada a hipótese geral de que mais educação acarreta mais desenvolvimento. A partir desse quadro, grande parte do debate acadêmico se concentra na tentativa de identificar e medir o mais precisamente possível o bônus educacional em situações delimitadas. Esse foi o objetivo de um grupo de pesquisadores brasileiros –Naercio Menezes Filho, Alison Pablo de Oliveira, Bruno Kawaoka Komatsu, os três do Insper, e Roberto Hsu Rocha, da PUC-RJ– em [publicação recente](http://ppe.ipea.gov.br/index.php/ppe/article/viewFile/1796/1253) . Eles se perguntam qual foi o impacto –se é que houve– da expansão do ensino superior brasileiro de 2000 a 2010 sobre a taxa de ocupação no mercado de trabalho, os rendimentos salariais e a renda domiciliar per capita. Para a resposta, trabalham e analisam dados dos censos da [educação superior](http://portal.inep.gov.br/web/guest/censo-da-educacao-superior) e do [demográfico](https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude/9662-censo-demografico-2010.html?=&t=o-que-e) . No período houve forte aumento, de 135%, na quantidade de concluintes de faculdade, mais acentuado nos municípios do interior. A expansão ocorreu tanto no ensino superior público como no privado. Os autores detectam uma correlação positiva entre a variação do total de concluintes e a dos indicadores do mercado de trabalho em que estão interessados. Estimam que em média, para um mesmo município, um ponto percentual a mais no volume de adultos com ensino superior se associa à elevação de 0,4 ponto percentual na taxa de ocupação, de 0,9% na média salarial e de 1,3% na renda domiciliar per capita. A metodologia utilizada no estudo não permite, contudo, assegurar que mais concluintes nas faculdades são a causa do melhor desempenho verificado no mercado de trabalho. Para chegar a tal conclusão, será preciso avaliar outros fatores que em tese podem ter contribuído para o resultado do mercado de trabalho. Os impactos da expansão recente do ensino superior no Brasil são um tema ainda relativamente pouco analisado. Acesse o estudo: [ A Relação Entre o Ensino Superior Público e Privado e a Renda e Emprego nos Municípios Brasileiros ](http://ppe.ipea.gov.br/index.php/ppe/article/viewFile/1796/1253)"}]