Com a volta de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, o agronegócio brasileiro se depara com uma nova fase de incertezas, disputas comerciais e fragmentação geopolítica. A imposição de tarifas generalizadas sobre importações, o enfraquecimento de instituições multilaterais e o uso estratégico do comércio como arma política colocam o agro no centro da nova dinâmica internacional. A guerra comercial entre Estados Unidos e China, reacesa com ainda mais intensidade, tende a reconfigurar fluxos globais de produtos agropecuários, criando tanto riscos quanto oportunidades para o Brasil.

 

Nesse novo contexto, o agronegócio brasileiro, fortemente integrado ao mercado internacional, precisa compreender os possíveis efeitos da “Nova Era Trump” sobre as exportações de soja, carnes, celulose, café, suco de laranja, etanol e outras commodities estratégicas. Mais do que isso, será necessário avaliar os riscos de retaliações cruzadas, o uso crescente de barreiras tarifárias e não tarifárias, a instabilidade dos mercados e a possível recessão global resultante da desaceleração do comércio.

 

Este evento reúne especialistas em comércio internacional, política agrícola e geopolítica para analisar os principais impactos da nova política comercial dos EUA sobre o agro brasileiro. Serão discutidos os efeitos setoriais e geográficos das novas tarifas, a vulnerabilidade da relação com a China, os possíveis efeitos indiretos sobre os mercados da União Europeia, Canadá e México, e os desafios para manter a competitividade em um mundo menos previsível.

 

A iniciativa propõe também uma reflexão sobre as estratégias que o Brasil deve adotar diante desse cenário, reforçando seu papel como fornecedor global confiável e buscando ampliar sua diversificação de mercados. Diante do avanço do protecionismo, o agro nacional deve combinar inteligência comercial, diplomacia estratégica e resiliência para atravessar a turbulência da nova geopolítica.

Confira a programação

 

18h – 18h15 | Abertura institucional

• Marcos Jank (Coordenador, Insper Agro Global)

Boas-vindas e contextualização do tema.

 

18h15 – 18h30 | Geopolítica e impactos macroeconômicos

• Roberto Dumas Damas (Professor de Economia Internacional, Insper)
  

Análise da nova configuração geopolítica com a volta de Donald Trump, seus reflexos sobre a ordem internacional e possíveis efeitos sobre inflação, juros globais, moedas e instabilidade comercial.

 

18h30 – 18h45 | O agro na nova geopolítica

• Marcos Jank (Insper Agro Global)

Posicionamento do Brasil como potência agroexportadora diante do protecionismo e da fragmentação global.

 

18h45 – 19h | Comércio internacional e o agro brasileiro

• Leandro Gilio (Insper Agro Global)

Impactos da nova política comercial dos EUA sobre as exportações do agro brasileiro, riscos tarifários e desafios na OMC e em acordos bilaterais.

 

19h – 19h50 | Debate com o público – mediação de Marcos Jank

Sessão de perguntas e respostas com o público presencial e online.

Mediação: Marcos Jank
Participantes: Roberto Dumas, Fernanda Magnotta, Leandro Gilio e Marcos Jank.

 

19h50 – 20h | Encerramento e considerações finais

• Marcos Jank

Resumo das principais análises, reflexões finais e agradecimentos.

Inscrições

 

As vagas para participação presencial foram preenchidas. As inscrições seguem abertas exclusivamente para a modalidade online.

 

 

Participantes

 

 

Leandro Gilio

Pesquisador do Insper Agro Global. Mestre e doutor em Economia Aplicada (Esalq/USP) e economista (FEA-USP). Foi pesquisador da equipe de macroeconomia do Cepea (Esalq/USP), pesquisador doutor do Ipea, professor da UFSCar e consultor do Ministério da Agricultura e Pecuária. 

Marcos Jank

Conta com 35 anos de experiência profissional em temas globais do agronegócio. É professor senior fellow e coordenador do Insper Agro Global, além de atuar como conselheiro em empresas do agro. Engenheiro agrônomo, mestre em Política Agrícola, doutor em Administração e livre-docente.

Roberto Dumas Damas

Tem mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro, com passagens por instituições como UBS, Citigroup e Itaú BBA, onde atuou em Shanghai e no New Development Bank. É mestre em Economia (Universidade de Birmingham) e em Economia Chinesa (Universidade de Fudan), além de CFA. Atualmente é professor de Economia Internacional e Economia Chinesa no Insper e professor convidado na CEIBS e na Universidade de Fudan, na China.