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As redes sociais surgiram como poderosos instrumentos de transformação social e política em todo o mundo. No Brasil, seu uso é intenso e diário. Por um lado, o acesso ampliado à informação representou um alargamento da democracia, permitindo que cidadãos comuns participem ativamente de discussões que antes eram dominadas por mídias tradicionais e elites políticas. A capacidade de mobilização dessas plataformas é evidente e demonstrou uma nova forma de articulação política.

 

O impacto econômico das redes sociais também é substancial: o marketing digital movimentou mais de uma centena de bilhões em 2024, democratizando o empreendedorismo e viabilizando pequenos e grandes negócios.

 

Mas nem tudo são flores. Apesar do potencial transformador, as redes sociais apresentam problemas substanciais para a política e para a sociedade, no Brasil e no mundo. Ao lado da maior oferta de informação, a desinformação também explodiu. Vivemos circunstâncias que colocam em risco a segurança e a saúde das pessoas, assim como a higidez e até a permanência do sistema democrático. Nas mais recentes eleições nacionais (2022), foram identificadas inúmeras campanhas coordenadas de desinformação, evidenciando o uso de táticas para manipulação eleitoral.

 

Então, algumas perguntas ficam à espera de respostas: o que são, afinal, as redes sociais? Que elas vieram para mudar o mundo, isso se sabe. Sabe-se também que não deixarão de existir, ainda que seja natural que passem por processos de transformação. São instrumentos reais de interação, difusão de ideias e informações, um inegável espaço de manifestação política, social, religiosa, artística, entre tantas boas e más atividades possíveis. Mas também são espaços fechados em “bolhas”, capazes de desferir golpes de violência, ódio, preconceito e muita desinformação.

 

Parte do mundo defende — ou pelo menos concorda — que elas devem ser controladas pela sociedade e por órgãos destinados a isso. Outra parte considera essa ideia repugnante, pois, supostamente, implicaria censura e limitação da liberdade de expressão. O fato, porém, é que, assim como o fogo foi um dia domado e controlado, a humanidade precisará compreender melhor a natureza dessas ferramentas e aprender a utilizá-las a seu favor, e não como risco à sua desestruturação.

 

Para nos ajudar a pensar nessas questões e em outras que sequer somos capazes de formular, o próximo Café com Políticas receberá dois grandes e respeitados especialistas no tema. Com moderação do cientista político e professor do Insper, Carlos Melo, eles ajudarão nossa comunidade a conhecer melhor essa esfinge que tanto pode ser decifrada quanto pode nos devorar.


INFORMAÇÕES

Data/Hora

28 Mai (Qua) • 21h00 - 22h30

Entrada

Rua Quatá, 300 - Vila Olímpia (Sala Marcos Lopes - 2º andar - Prédio Claudio Haddad)

Estacionamento

Rua Uberabinha, s/n - Vila Olímpia


Inscrições

 


 

Participantes

 

 

Carlos Melo

Cientista político, mestre e doutor pela PUC-SP, é professor em tempo integral do Insper desde 1999. Analista político, palestrante e consultor de empresas, atua em vários veículos de comunicação. Busca contribuir com o debate político, econômico e social por meio de análise isenta e reflexão desapaixonada.

 

Pesquisador de eleições, partidos, conflito e liderança política, integra os Centros de Políticas Públicas e de Liderança e Inovação do Insper. É professor de Sociologia e Política, Estratégia e Política e do Curso de Relações Governamentais.

 

Coordenador da Trilha de Humanidade e membro do Conselho Acadêmico do Insper. Atua em programas de educação executiva e foi diversas vezes homenageado por formandos, sendo finalista e vencedor do Prêmio Chafi Haddad. É senior teaching fellow e embaixador alumni.

 

Autor de artigos e capítulos de livros, publicou Collor: o ator e suas circunstâncias (Novo Conceito).


José Antonio Pinho

Prof. Titular Aposentado - Escola de Administração - UFBA. Pesquisador EAESP-FGV (atual). PhD - Regional Planning - University of London - 1986.

Mestre em Planejamento Urbano e Regional - COPPE/UFRJ - 1978. Editor da Revista Organizações & Sociedade (O&S) durante 17 anos.

Autor do livro: Redes Sociais e Estado de Natureza: ódio, violência e fake news no Brasil - dialogando com Hobbes, Locke e Rousseau. Organizador de dois outros livros: Estado, sociedade e interações digitais: expectativas democráticas. Salvador. EdUFBA. 2012

Artefatos digitais para mobilização da sociedade civil: perspectivas para avanço da democracia. Salvador. EdUFBA. 2016.

Autor de vários artigos publicados pela RAP, RAE, RAUSP, Cadernos Gestão Pública e Cidadania, O&S e outros periódicos. 


Natalia Mazotte

Empreendedora e consultora especializada em dados e tecnologia. Atualmente é gerente de parcerias com o ecossistema de notícias brasileiro no Google e professora do Insper. Antes de se juntar ao Google, co-fundou e liderou a startup jornalística Gênero e Número e a Escola de Dados, presidiu a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e foi diretora-executiva da Open Knowledge no Brasil, onde desenvolveu projetos premiados de inovação cívica e capacitação em uso de dados. Estudou inovação e negócios como fellow JSK em Stanford e liderança na Harvard Business School com a bolsa Jornalista de Visão do Instituto Ling.




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