Um ex-aluno do Master em Gestão Pública (MGP) do Insper assumiu, em janeiro, o cargo de secretário de Inovação e Tecnologia da prefeitura de Santo André, em São Paulo. Diego Cabral havia sido eleito vereador nas eleições de 2024. “O desafio inicial é a transformação digital de todos os serviços da cidade”, diz Cabral. “O Plano Diretor de Tecnologia da Informação, conhecido também como PDTI, pretende elencar todos os princípios, diretrizes, instrumentos e infraestrutura da cidade para Santo André ser uma cidade cada vez mais inteligente e conectada.”

Nascido na periferia da cidade do ABC paulista, Cabral foi aluno de escola pública, menor aprendiz e começou a trabalhar antes de ingressar na faculdade de Administração de Empresas. Ele foi o primeiro da família a entrar numa universidade. Para Cabral, a educação permitiu que ele alcançasse lugares que, no início da trajetória profissional, pareciam inatingíveis. No setor privado, atuou como gestor de fundo de investimentos na Faria Lima, na capital paulista. No setor público, foi assessor e diretor de planejamento urbano na prefeitura de Santo André e, até ser eleito vereador, diretor administrativo e financeiro da São Paulo Obras.

Cabral espera que a transformação digital de Santo André atraia startups e incentive o processo de inovação entre as empresas que já estão no município, além de trabalhar a questão da pegada de carbono e de práticas ambiental, social e de governança (ESG), inerentes a uma cidade digital e sustentável. Outro desafio é que a digitalização também contemple as periferias e as pessoas mais vulnerabilizadas. Segundo Cabral, o projeto CEP Digital poderá dar um endereço para 70.000 andreenses que, por viverem em comunidades irregulares, enfrentam barreiras no acesso a serviços públicos e privados.

Antes de cursar o MGP, em 2023 e 2024, Cabral fizera um curso de curta duração no Insper, sobre Planejamento Urbano e Regulação de Cidades, enquanto trabalhava na prefeitura de Santo André. Desde então, familiarizou-se com a prática de tomada de decisões e formulação de políticas públicas baseadas em dados. “No MGP, a nossa turma fez uma ativação de campo em Recife, em Pernambuco, que foi muito importante”, recorda. “No atual cargo de secretário, estou não só utilizando o que aprendi no curso, mas também usufruindo o networking dos meus colegas de Insper e dos outros secretários de Recife.” Cabral vislumbra ainda a possibilidade de parcerias de pesquisa com o Centro de Estudos das Cidades | Laboratório Arq.Futuro.

Saiba mais sobre a trajetória de Diego Cabral nesta reportagem:
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