A governança corporativa é importante aliada para empresas que querem atrair investidores, clientes e bons talentos. Atuar regido pelos princípios que fazem parte desse termo demonstra organização, transparência e confiabilidade. Em outras palavras, faz o negócio ser bem visto no mercado.
O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) traz uma definição mais detalhada sobre o assunto: é o “sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”.
As boas práticas de governança corporativa são compostas por 4 princípios básicos, que buscam aumentar o valor econômico da empresa e promover uma gestão de qualidade:
O grande objetivo das organizações ao adotarem os princípios da governança corporativa é garantir que a mesma tenha um crescimento saudável, com ganho de valor econômico, atendendo, ainda, a todos os interesses de seus stakeholders.
Para que uma boa governança seja exercida, é importante que haja harmonia entre todas essas partes (proprietários ou CEOs, conselho de administração, parceiros, fornecedores, acionistas e consumidores).
É preciso, ainda, boa comunicação, envolvimento de todos nos processos e nas tomadas de decisão, como já abordado no princípio da equidade.
Esse senso de responsabilidade que se cria por parte de todos os envolvidos na empresa faz com que a organização seja mais bem-sucedida, com foco não apenas em atingir metas de lucro, mas também em vislumbrar possibilidades de crescimento a longo prazo.
É possível, também, perceber uma melhora na qualidade do trabalho e do clima organizacional. Tudo isso cria uma maior confiança do mercado, de investidores e de todos os stakeholders. Afinal de contas, uma empresa com compromisso social e transparente, só tem a ganhar mais valor.
Segundo o estudo Os Pilares da Governança Corporativa, “a construção de uma organização sustentável depende essencialmente da aplicabilidade dos princípios da governança corporativa nas estratégias e conduta corporativa. Uma organização que almeja a inovação e a perpetuidade, deve […] conduzir seus negócios baseados nos pilares da Governança”.
Essa estrutura pode variar de empresa para empresa, mas é possível ter os seguintes elementos:
Antes de qualquer coisa, é preciso contar com uma equipe de gestão para implementar a governança corporativa em uma empresa, alinhada com os valores do negócio, assim como com sua missão e visão.
Além disso, é necessário criar uma estrutura organizacional, que preze pela transparência e que possa definir as políticas que vão reger todo o processo.
Os acionistas precisam estar em harmonia, para, juntos, identificarem problemas, acharem soluções e caminharem para o crescimento da empresa. Diálogo e transparência, mais uma vez, são essenciais.
Compliance pode ser considerado um dos pontos fundamentais da governança corporativa. O termo significa estar em conformidade com leis, normas e regras. Pode ser tanto em relação à legislação de um país, estado ou cidade ou às políticas corporativas.
Já a governança corporativa, como já explicado ao longo desse artigo, é mais ampla, envolve práticas internas, a fim de atender às necessidades e exigências do mercado, para ganhar mais visibilidade e valor.
Atento às necessidades do mercado, que busca especialistas em ESG, o Insper criou o PAS (Programa Avançado em Sustentabilidade), curso desenhado para formar profissionais que incluam sustentabilidade de maneira abrangente na busca por soluções para os desafios de suas organizações, sejam elas públicas, privadas ou de terceiro setor.
O programa contempla a discussão aprofundada dos temas fundamentais para capacitar gestores, técnicos e analistas a lidar com as grandes questões do nosso tempo, das mudanças climáticas à redução da desigualdade social, da aplicação do ecodesign à adoção da economia circular, dos desafios tecnológicos para a sustentabilidade aos marcos legais que impactam a sociedade e as organizações.
O PAS é indicado para profissionais que já possuem, no mínimo, três anos de experiência em cargos de analista sênior (ou acima) em empresas, organizações sem fins lucrativos ou governos.