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Dois grupos de estudantes do Insper ficaram entre os vencedores da 13ª edição do Campus Mobile, um concurso nacional de ideias e soluções para dispositivos móveis, promovido pelo Instituto Claro. Na categoria Educação, Gabrielly Carneiro Susko, da Engenharia de Computação, ganhou com o projeto Curso Ideal. Alan Matheus Alves Barbosa, da Ciência da Computação, ficou em primeiro lugar na categoria Smart Cities com o projeto PassaBot. Fernando Vieira dos Santos, também da Ciência da Computação, é um dos fundadores do PassaBot, mas estava inscrito pelo Curso Ideal.

 

Inscrito como Horizontes e rebatizado durante a competição, o Curso Ideal é um protótipo de aplicativo que recomenda oportunidades acadêmicas e profissionais de acordo com os interesses do usuário. “Agora que temos uma versão funcional da nossa plataforma, nosso próximo passo é rodar um plano-piloto com uma escola parceira, para validar o impacto da nossa solução em um contexto real e, a partir dessa comprovação, escalar o projeto para impactar estudantes em todo o país”, diz Gabrielly. O grupo inclui ainda os estudantes João Guimarães e Marcio Vicente, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e Felipe Leão, do instituto Inteli.

 

O PassaBot é um robô que envia opções de passagens aéreas por meio de mensagem do WhatsApp. “O nosso propósito era ajudar outros bolsistas na compra de passagens aéreas mais baratas, porque encontramos formas de economizar até metade do preço e não queríamos guardar isso só para a gente”, conta Alan. Além dele, o projeto foi desenvolvido de forma independente por Bianca Freitas, formada pela Unicamp, e Leonardo Piana, aluno do ITA. Durante a competição, Fernando juntou-se a Alan no desenvolvimento da PassaBot e mudou de grupo, mas acabou colaborando extraoficialmente porque estava inscrito como integrante do Curso Ideal.

 

Alan destaca a contribuição que recebeu do Hub de Inovação e Empreendedorismo Paulo Cunha, do Insper, por meio de mentorias, e da instalação de um estande na Web Summit, realizada em abril, no Rio de Janeiro. “Essa rede de contatos que o Insper nos forneceu foi incrível”, diz Alan. Ele também conta que o grupo teve apoio da Unicamp e do ITA, instituições de ensino dos demais integrantes do PassaBot.

 

Gabrielly recorda os desafios que se impuseram ao longo do projeto, especialmente quando os membros iniciais não puderam continuar na competição. “Quase desisti de participar”, diz ela. “Foi nesse período que acabei conhecendo o João, que estava desenvolvendo, com alguns amigos, um projeto de educação muito parecido com o que eu estava fazendo no Horizontes. A conexão de ideias e de propósito foi imediata, e vimos aí uma oportunidade de fortalecer o projeto somando as habilidades, as visões e a energia da equipe.”

 

Segundo o professor André Santana, que acompanhou as equipes desde o início da competição, o Curso Ideal é um exemplo claro de como atividades extracurriculares ajudam a transformar o aprendizado em prática. “O que mais me chamou atenção foi o esforço em testar e validar a proposta com pessoas reais, incluindo psicólogos e potenciais usuários”, afirma Santana. “Esse movimento de escuta e cocriação gerou insights relevantes para tornar a solução mais viável e sustentável. Houve um cuidado consistente em alinhar a jornada do usuário com um modelo de negócio realista, o que mostra maturidade na forma de enfrentar um problema complexo.”

 

Santana observa que o PassaBot se destacou pela forma clara como comunicou sua proposta e pelo foco em resolver um problema real. “A equipe conseguiu traduzir bem o valor da solução com uma narrativa próxima do usuário, o que tornou a proposta relevante e fácil de entender. Ao priorizar funcionalidades realmente desejadas por quem busca economizar com passagens, conseguiram demonstrar impacto concreto e fortalecer a credibilidade do projeto”, diz Santana. 

 

A participação de estudantes em iniciativas semelhantes demonstra de que forma os projetos extracurriculares funcionam como laboratórios vivos de aprendizagem, nos quais competências como resiliência, colaboração e aplicação prática de conceitos acadêmicos são colocadas em prática em um contexto real, complementa Santana.

 

Os vencedores receberam um prêmio de 9.000 reais e vão viajar para o Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde conhecerão instituições de ensino e empresas de tecnologia. Eles já haviam ganhado 2.700 reais pela classificação à final, em fevereiro deste ano.

 



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