Quatro estudantes do Insper classificaram-se para a etapa final da 13ª edição do Campus Mobile, um concurso nacional de ideias e soluções para dispositivos móveis, promovido pelo Instituto Claro. De 19 de fevereiro a 6 de maio, Gabrielly Carneiro Susko, Fernando Vieira dos Santos e Maria Eduarda Perruci Rodrigues da Silva (do grupos Horizontes) e Alan Matheus Alves Barbosa (do grupo PassaBot, com Bianca Freitas, formada pela Unicamp, e Leonardo Piana, aluno do ITA) vão finalizar os protótipos de seus projetos. Dezoito grupos de todo o Brasil concorrem ao prêmio de 9.000 reais e a viagens para o Vale do Silício, nos Estados Unidos. Todos já receberam um prêmio de 2.700 reais.
Os projetos de engenharia foram desenvolvidos com o estímulo de diferentes iniciativas acadêmicas do Insper, como a disciplina CoDesign de Aplicativos, que desde 2022 incentiva a participação dos alunos em eventos como o Campus Mobile, e a disciplina de Jogos na Engenharia de Computação, que ampliou as oportunidades de aplicação de princípios de design e inovação. Ao longo do percurso, os times de professores dessas disciplinas contribuíram para a formação dos estudantes, promovendo discussões e incentivando a aplicação prática dos conhecimentos.
Na preparação para as finais, os professores André Santana e Tiago Sanches acompanharam os participantes por meio de interações assíncronas, oferecendo suporte e orientações. Além disso, cada equipe participante contou com mentorias individualizadas conduzidas por Santana, aprofundando aspectos específicos de seus projetos.
Selecionado na categoria Smart Cities, o PassaBot é um robô que envia opções de passagens aéreas por meio de mensagem do WhatsApp. O projeto foi desenvolvido de forma independente por três alunos de diferentes instituições, incluindo Alan Matheus Barbosa, da Ciência da Computação do Insper. Ele explica que a ideia surgiu de uma necessidade pessoal. “Comecei oferecendo o serviço de compras de passagem para alguns conhecidos, sem pensar no lucro, apenas pela redução de custos nas passagens”, afirma Barbosa. “Enxerguei a oportunidade de automatizar o processo e, dessa forma, foi possível integrar diferentes serviços para garantir passagens mais baratas.”
O Horizontes, qualificado na categoria Educação, é um protótipo de aplicativo que recomenda oportunidades acadêmicas e profissionais de acordo com os interesses do usuário. Barbosa soube do evento após conversar com Gabrielly, do Horizontes. Ela já passara pela experiência de finalista, na 12ª edição, então em grupo com os colegas Alison Oliveira e Rafaela Alexandre, também da Engenharia de Computação do Insper. Para Gabrielly, a participação na competição foi um grande aprendizado. “Participar de competições como o Campus Mobile gera muita confiança”, diz a estudante. “Durante o concurso, sinto que aprendi muita coisa na prática, e isso me deu muito mais segurança para apresentar meu projeto.” Barbosa e Gabrielly ressaltaram a oportunidade de conhecer pessoas interessantes no concurso. Eles acreditam que essas relações ajudam a construir senso de comunidade e de troca em equipe e a amadurecer tecnicamente.
Antes da final, os alunos tiveram o apoio de mentores e mentoras e interagiram com outros grupos e especialistas por meio de fóruns de discussão e videoconferências. Participaram também de palestras sobre temas relacionados ao desenvolvimento de conteúdos, produtos e serviços para dispositivos móveis. Na chamada Semana Imersiva — a etapa presencial, em São Paulo —, refinaram os projetos, elaboraram protótipos e prepararam a apresentação final.
O professor André Santana diz que concursos como o Campus Mobile permitem aos estudantes confrontar o que produzem em sala de aula com os desafios e expectativas do mercado. “A inovação precisa estar conectada a problemas do mundo real”, afirma Santana. “As soluções de tecnologia devem ser desejáveis, viáveis e factíveis, com potencial de alcançar o mercado.”
Santana também destaca que os times que representaram o Insper neste ano estruturaram soluções que incorporam bastante tecnologia e demonstram uma maturidade em design e inovação muito bem representada durante o pitch na semifinal. O propósito e a personalidade dos projetos são um diferencial marcante dos times do Insper, observa o professor: “Eles acreditam no que estão apresentando e utilizam um processo robusto de codesign para garantir que o que estão desenvolvendo seja, de fato, útil para as pessoas para as quais desenharam essas soluções. Existe muita personalidade no Passabot e no Horizontes”.