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Guilherme Rosada na Uptec, o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto Guilherme Rosada na Uptec, o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto

 

No final de setembro deste ano, pela primeira vez na vida, Guilherme Rosada, estudante do Insper, viajou para fora do Brasil. Durante um semestre, ele irá morar em Porto, Portugal, como estudante de Engenharia de Softwares na Universidade do Porto, uma das diversas instituições internacionais com as quais o Insper mantém parceria bilateral. 

 

Aluno bolsista do décimo semestre de Engenharia da Computação do Insper, Guilherme conta que o sonho de fazer um intercâmbio vem da época em que ele se preparava para o vestibular, quando se mudou para Fortaleza, no Ceará, para estudar em um cursinho. Aquela foi a primeira experiência fora de casa e em uma cidade grande — ele nasceu e havia morado a vida inteira no interior de São Paulo. “Foi superenriquecedor, me percebi uma pessoa diferente”, diz Guilherme. “Se sair de São Paulo e ir para o Ceará me ajudou a furar essa bolha, imagina ir para outro país e conhecer outras realidades.”

 

Nas parcerias bilaterais, os alunos do Insper podem fazer um semestre em outra universidade sem precisar pagar a mensalidade na instituição local, fator que motivou Guilherme ainda mais para a experiência internacional. “Como sou bolsista, a questão financeira é sensível”, afirma. “Mas, conversando com alguns amigos que foram antes de mim, vi que era algo possível.”

 

Com mais de 120 acordos internacionais entre o Insper e instituições estrangeiras a escolher, Guilherme conta que, em princípio, ele pensava em um país cuja localização fosse central na Europa, de forma a poder aproveitar para conhecer mais lugares, como a França e a Alemanha. “Meu foco era conhecer a Europa, viajar.”

 

Mas, ao estudar as oportunidades disponíveis, o programa do mestrado de Engenharia de Software da Universidade do Porto chamou a sua atenção. “Eu vi matérias de arquitetura de software, de engenharia de requisitos que me fizeram brilhar os olhos”, diz. “Acabei optando por Portugal porque achei que fazia sentido parar por um momento e me dedicar a esse curso, que vai me trazer bons ganhos em termos profissionais.”

 

Ainda assim, ele pretende aproveitar para viajar e já está com um passeio programado para a Espanha, em uma semana que não terá aulas. E, claro, ele pretende aproveitar as últimas semanas, após o fim das aulas, para conhecer outros lugares. Até lá, ele vem aproveitando para explorar a própria cidade do Porto, que, ele conta, tem muitas atrações. “Está sendo muito legal ver as diferenças — a arquitetura da Europa é muito bonita, e tem muita construção antiga, mas que mistura bem com o moderno.” 

 

Além disso, nesse primeiro mês fora, ele vem conhecendo pessoas de outros países no próprio alojamento onde mora, além de conviver com outros estudantes de fora nas suas aulas, que são ministradas em inglês. “Tem alguns povos que são bem fechados para você fazer amizade”, diz. “Mas, em geral, notei que os portugueses são bem receptivos”. 

 

Por enquanto, seu maior desafio está sendo a distância dos amigos e da família — e começar do zero em um lugar novo. “Quando cheguei aqui, nem copo eu tinha para tomar água. A primeira semana foi toda descobrir o que é a cidade, onde era o mercado.” Por outro lado, a experiência o fez valorizar mais ainda as pessoas em sua vida no Brasil. “Acho que estar longe me fez perceber o quanto sou importante para minha família e minha namorada e o quanto eles são importantes para mim.”

 

Temporada na Alemanha

 

Já Enzo Luidge, também aluno bolsista de Engenharia da Computação no Insper, onde está no sétimo semestre, escolheu estudar um semestre na Alemanha, na universidade Technische Hochschule Ingolstadt. Assim como Guilherme, Enzo veio do interior de São Paulo e, antes do intercâmbio, nunca havia saído do Brasil.

 

A ideia veio ao conversar com outros alunos que tinham tido a experiencia fora. “Eu vi muitos engenheiros da computação vindo para cá [Alemanha], principalmente bolsistas, e vi uma oportunidade”, diz. “Eles falaram que acharam incrível, que ficava no centro da Europa, e que a faculdade era muito boa.”

 

O fato de Ingolstadt, a cidade onde fica a universidade, ser um polo de engenharia também atraiu Enzo. “É uma cidade voltada para carros, você vê carros de vários tipos, a sede da Audi está aqui”, diz. “Tem muita tecnologia para engenharia da computação, mecânica, mecatrônica — todo esse leque de oportunidades, com um ambiente tecnológico muito forte.”

 

Enzo chegou à Europa em agosto — e sua primeira parada foi, na verdade, em Portugal, onde ficou alguns dias visitando um primo. No final de setembro, ele já começava as aulas na Alemanha. “Eu me estabeleci em um dormitório com diversos intercambistas, estou dividindo o quarto com um mexicano”, cont. “Tem sido muito bacana, tem gente da Coreia do Sul, Japão, Brasil, Espanha, Itália.”

 

Ele chegou, inclusive, a fazer uma viagem para Amsterdã, na Holanda, com os amigos que conheceu lá, além de ir a eventos tradicionais da Alemanha, como a Oktoberfest. “As pessoas são bem legais, tem sido muito interessante conversar com elas em inglês”, diz Enzo, que afirma estar sendo bem recebido pelos alemães e pelos outros estudantes internacionais. “A gente sai, conversa, estuda junto. É troca de experiência o dia inteiro, meu cérebro tem que funcionar em duas línguas.”

 

Já na Technische Hochschule Ingolstadt, ele conta que tem feito matérias voltadas para ciências da computação, machine learning, supply chain e análise de dados, além de computação visual e aulas de alemão. “Estou aprendendo muita coisa relacionada a tecnologia, inteligência artificial e a matemática por trás.”

 

Outro aprendizado foi perceber a importância de conhecer outras realidades. “Comecei a valorizar muito a troca de cultura, conversar com a pessoa, entender quais são os costumes delas, o que faz no dia a dia”, diz. “E comecei a valorizar muito mais a cultura brasileira, a nossa música, comida, ao mesmo tempo em que comecei a valorizar a segurança da Alemanha, a tecnologia alemã.” 

 

Para ele, essa troca o ajuda, inclusive, a pensar em coisas que ele pode levar para melhorar questões no próprio Brasil e em sua realidade. “Estou muito feliz de estar aqui, o Insper está abrindo uma porta gigantesca para mim com a bolsa. Espero poder ajudar e um dia retribuir o que estou recebendo.”

 

Tanto Enzo quanto Guilherme contam, também, com uma ajuda de custo destinada a estudantes bolsistas parciais e integrais. “É um apoio de bolsa cultura, dinheiro destinado a conhecer lugares, ir para museus, comprar passagens”, diz Enzo. “Se não fosse isso, eu não teria vindo para cá. É muito importante.”

 

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Enzo Luidge aproveitou para visitar Amsterdã, na HolandaEnzo Luidge aproveitou para visitar Amsterdã, na Holanda


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