O período de alfabetização é decisivo para o aproveitamento do aluno no Ensino Superior. É o que aponta pesquisa dos professores Maria Cristina Gramani e André Duarte que mediu o impacto do Ensino Básico no desempenho do Ensino Superior de 27 unidades federativas do Brasil.
O estudo procurou identificar quais os níveis de educação básica devem receber mais esforços de gestores e governo para que a eficiência das instituições de ensino seja melhorada. De acordo com os resultados, os quatro primeiros anos do ensino fundamental são os que apresentam maior potencial de melhorias.
“O estudo comprova a importância dos primeiros anos de estudo na formação do indivíduo. As turmas de 1ª a 4ª série que merecem mais atenção.”
Foi analisada a relação entre desempenho do Ensino Básico, representado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e a qualidade das instituições de Ensino Superior, pelo Índice Geral de Cursos (IGC). O estudo mediu o desempenho institucional, e não por estudante. A pesquisa considerou como premissa os alunos terem cursado o ensino básico e o superior no mesmo Estado.
Na análise por regiões do País, a Sul obteve o melhor resultado, com 97,2% de aproveitamento, ou seja, que tem as instituições mais eficientes na relação entre ensino básico e qualidade do ensino superior. Na outra ponta, o Nordeste teve aproveitamento de 64,9%. A Região Sudeste obteve 87,3%; a Centro-Oeste, 75,3%; e a Norte, 65,6%.
O artigo foi publicado pela Revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, publicação trimestral internacional da Fundação Cesgranrio. Além de contribuir para a geração de conhecimento na área, a pesquisa também acrescenta informações relevantes para promoção de melhorias nas políticas públicas no Brasil.