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A oposição sem dentes

29/05/2015

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O PSDB anda dividido sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Uma parte queria ver o partido na vanguarda dos protestos de rua, outra preocupa-se com os “elementos jurídicos”. O partido também se divide no tema das terceirizações. Uma parte apoia o projeto, outra recua, sob pressão das redes sociais. O PSDB parece sempre assim, dividido. Alguns dizem que isso é bom para a democracia. Ao menos, temos um partido “ponderado”. Alguns dizem que é ruim, que seria bom ter uma oposição mais efetiva. Todos, porém, parecem concordar que isso é muito bom para o governo.

O Brasil vive uma situação curiosa. O governo parece viver uma crise cada vez mais aguda, o tesoureiro do PT vai preso e a maioria da população se diz favorável à abertura de um processo de impeachment. Há, inclusive, algo impensável tempos atrás: movimentos de massa contra o petismo. O que parece faltar é uma oposição. O PSDB não parece vocacionado a cumprir esse papel. Há muita gente impaciente com isso, vociferando na internet. Mas parece não ter jeito. O PSDB não fará o que o PT fez, na época em que era oposição. Não é da sua natureza, simplesmente isso.

O PSDB é um “estado de espírito”, diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com bom humor. Tem muita simpatia, economistas de primeira linha, mas pouca militância. Tem um bom programa, mas baixa organicidade. Xingado de “neoliberal”, durante anos, pelo petismo, é hoje atacado como “de esquerda” pelos grupo radicais que andam pelas ruas. Partido líder da oposição, elogia o ministro da Fazenda e se preocupa com a governabilidade do país. Talvez um partido cheio de dedos demais para a selva política brasileira. O PSDB tomou forma nas cisões internas do PMDB, na Assembleia Nacional Constituinte. Pesaram o debate sobre o sistema de governo, a rejeição ao mandato de cinco anos para o presidente José Sarney, a ruptura com o quercismo, em São Paulo. O partido surgiu em 1988, oposicionista, a partir de uma base de princípios – a social-democracia, o parlamentarismo, a ideia do “Estado necessário’’. Nasceu com o apoio de intelectuais de alto calibre republicano, como Afonso Arinos, Bresser Pereira e José Arthur Giannotti. Mas nasceu como um partido parlamentar. Nada de sindicatos, movimentos sociais. Nada também de instâncias de base, prévias ou muita democracia partidária. Desde o início, nunca houve dúvidas de que o PSDB seria um partido de quem tinha mandato. Um partido de baixa intensidade, meio sem graça até, feito sob medida para uma “democracia madura”. O que nunca foi o caso, definitivamente, da democracia brasileira.

O partido nasceu sob os ventos de mudança que varreram o planeta no final dos anos 1980. A queda do Muro de Berlim, o fim do socialismo real, a redemocratização da América Latina. Mas não apenas isso. Foi o tempo de revolução tecnológica, em que as fronteiras se abriram, o comércio global explodiu e o velho Welfare State europeu subitamente envelheceu. Nesse contexto, o PSDB foi o partido que levou à frente, junto com figuras isoladas, as ideias da chamada “terceira via”: reforma do Estado, responsabilidade fiscal, abertura ao mercado e políticas inclusivas. De um modo geral, o receituário da “Concertação” chilena, de Ricardo Lagos, transformada em “neoliberalismo” no calor dos trópicos.

Desde o início, é impossível pensar o PSDB dissociado da figura de Fernando Henrique. É ele que escreve, que dá o tom ao debate, que recebe os aplausos mais demorados, já no primeiro encontro do partido. A personalidade de Fernando Henrique, o político bossa-nova, suave na fala, sempre disposto à convergência e fazendo parecer que tudo é muito fácil, mesmo quando de fato não é, definiu, de certo modo, o DNA do novo partido. A turma “em cima do muro”, no humor político. Não tanto pela indecisão, mas por ter feito da moderação uma virtude.

A distância do PSDB dos sindicatos foi a ausência que se tornou um predicado. Privou o partido de extensos aparelhos de suporte político, usados à exaustão por seu maior rival, mas abriu-lhe a via da modernização programática. Presos ao Estado, dependentes do imposto sindical, os sindicatos há muito tornaram-se âncoras do conservadorismo brasileiro. Reforma da previdência? Contra. Reforma da legislação trabalhista? Contra. Meritocracia no setor público? Nem pensar. Em parte, sindicatos são assim, em toda parte. Opõem-se à inovação social, recusam a destruição criadora schumpeteriana. No Brasil, porém, parecem viver inteiramente fora do tempo. Sua folha corrida inclui a oposição ao Plano Real e à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Com apenas seis anos de existência, o PSDB chega ao governo, em 1994. Na sua gestão, criam-se as agências reguladoras e executa-se um amplo programa de desestatização da economia. O número de funcionários civis da União cai de 630 mil para 530 mil (voltaria a 630 mil no final do governo Lula). Consolida-se o poder civil, com a criação do Ministério da Defesa. O ensino fundamental é universalizado, sob a gestão do ministro Paulo Renato de Souza. A história dirá sobre seus grandes erros. De minha parte, aponto dois: o relativo abandono da Reforma do Estado, conduzida pelo ministro Bresser Pereira, no primeiro mandato, e a relativa demora na implantação dos programas sociais. Basta dizer que o Bolsa Escola surgiu apenas em 2001, o que ajudou a gerar o estigma – não de todo equivocado – de um partido pouco voltado à questão social.

Uma vez na oposição, o PSDB submerge. Lula captura para si a agenda da estabilidade econômica e dedica seus melhores esforços à desconstrução sistemática da obra e da imagem dos tucanos. No discurso oficial, a história do país é dividida em duas partes: antes e depois de 2003. A estratégia funciona. O PSDB se vê acuado e perde sucessivas eleições presidenciais. Pior: aceita o jogo, e mesmo recua na defesa das reformas empreendidas em seu governo. Em uma década, sua bancada na Câmara dos Deputados é reduzida à metade.

No início de 2011, após a terceira derrota seguida do partido, nas eleições presidenciais, Fernando Henrique publica um artigo sobre os rumos da oposição, na revista Interesse Nacional. Seu argumento é simples: surgiu uma nova classe média urbana, no país, nos últimos anos, e deve ser esse o alvo preferencial da oposição. É inócuo, na visão do ex-presidente, tentar dialogar com o setor sindical, atrelado ao Estado, e difícil penetrar nas áreas mais pobres do país, igualmente mantidas sob controle do governo, via programas de transferência de renda. O artigo produz certa repercussão e toca no ponto certo.

O início da década assiste ao fim do boom das commodities e do crescimento fácil, à base da expansão do gasto público e dos incentivos ao consumo e endividamento das famílias. O governo perde a mão na política econômica, e a corrupção se torna manchete diária nos jornais. O ponto de inflexão ocorre com as grandes manifestações de junho de 2013. Surto de indignação difusa dos cidadãos, nestes tempos de internet. O fato é que a classe média urbana gravitou, naturalmente, para a oposição. Sem que esta tenha feito lá grande esforço, nem entendido grande coisa.

Resultado disso é a eleição renhida de 2014. Os 48% de votos de Aécio Neves, sua vitória inconteste nos grandes centros urbanos, e o inédito início de mandato de Dilma com 78% de desaprovação. E o PSDB segue como sempre: contundente no Congresso e observando discreto as passeatas. Chamado de “partido de bananas” pelos ativistas mais jovens e radicais, encaminha uma consulta jurídica sobre a hipótese do impeachment e apresenta uma nova proposta de reforma política.

Para onde vai o PSDB? Intuo que resistirá, até onde der, à tese do afastamento da presidente. Foi assim também à época do mensalão, com Lula. Apenas fatos novos e de altíssima gravidade farão o partido mudar de rumo. Ainda assim, não imagino que se colocará na vanguarda. Quando muito, seguirá, relutante, o movimento das ruas, que por agora parece ter esfriado. Para chegar ao poder, a oposição terá de ganhar as eleições. Primeiro em 2016, depois em 2018.

Max Weber definiu a política como o “lento perfurar de tábuas duras”. Arrisco dizer que é esta a intuição que anda na cabeça de muita gente, no PSDB. Depois de perder quatro eleições, quem sabe tudo dê certo, na quinta. O partido parece não ter pressa, nem desejar tanto assim o poder. Nestes últimos anos, o partido tem sido o príncipe encantado da classe média oposicionista, Brasil afora. O risco é, qualquer dia desses, aparecer algum tipo menos comportado e lhe roubar a noiva, na beira do altar.

Publicado em: Revista Época – 22/04/2015

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