CONHECIMENTO| CONTEÚDO SOBRE A PANDEMIA DE COVID-19 |ACESSE A PÁGINA ESPECIAL
A pandemia de Covid-19, a doença causada pelo vírus Sars-CoV-2, é um desafio imediato para os sistemas de saúde dos países porque a velocidade com que se espalha concentra no tempo um volume excepcional de pessoas necessitando de cuidados hospitalares intensivos. É como uma estrada que em poucas semanas tem de suportar o tráfego previsto para um ano.
Na China, onde começou, a Covid-19 se expandiu a uma taxa diária média de cerca de 33% durante as primeiras quatro semanas e depois se estabilizou em torno de 80 mil casos confirmados. Estimou-se naquele país que 5% dos acometidos precisaram de internação em UTI. Na Itália, com população mais idosa, um dos fatores de agravamento dos quadros infecciosos, a demanda por cuidado intensivo tem sido de 9% a 11% dos casos notificados.
Num estudo sobre os Estados Unidos, a Universidade Harvard estimou que, se 40% dos americanos forem infectados, 40% dos sistemas locais de saúde não suportariam a demanda mesmo se estivessem completamente dedicados a tratar da Covid-19.
Cientistas têm feito avanços rápidos, embora a maioria sujeita a consolidação, na detecção das características do patógeno e da doença. O vírus sofreu poucas alterações significativas em sua passagem pelos continentes. Os temores de que pudesse voltar a infectar pessoas curadas da doença não foram confirmados numa pesquisa com macacos. Essas duas características, se confirmadas, facilitam o desenvolvimento de terapias e vacinas e também prognosticam o declínio da epidemia assim que um número crítico de pessoas sejam infectadas e curadas.
Um estudo extensivo feito com mais de 72 mil pessoas na China detectou que o perfil de risco está associado a pacientes mais velhos e pessoas fragilizadas por condições preexistentes, como doença cardiovascular, diabetes, deficiência respiratória, hipertensão e câncer. Nesse estudo também se constatou uma demora, de cerca de uma semana, entre a ocorrência da infecção e a notificação do caso pela autoridade de saúde. O dado epidemiológico de outros países, como a Itália, vai confirmando os perfis de risco da China.

Médicos atendem paciente com Covid-19 em hospital em Roma, na Itália
Em termos dos esforços para diminuir a velocidade de alastramento da infecção e, por conseguinte, para evitar a sobrecarga do sistema de saúde, países como China e Coreia do Sul parecem ter obtido os melhores resultados parciais. Valeram-se de políticas altamente intervencionistas, restringindo drasticamente a circulação de pessoas desde as fases iniciais, aplicaram testes para detectar a doença em larga escala, isolaram os infectados e os suspeitos e ampliaram depressa a capacidade de atendimento hospitalar específico.
Já nações europeias ocidentais, onde ocorreu a segunda onda da epidemia, foram menos incisivas nas fases preliminares, mas aumentaram as restrições e a mobilização da política pública conforme os casos foram escalando. O Brasil, onde os casos detectados começaram mais tarde, parece seguir a trajetória dos europeus. Neste site, você pode traçar a evolução dos casos e das mortes e compará-la entre vários países.
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