Autor:
José Luiz Rossi Júnior
Pesquisa desenvolvida pelo aluno do Mestrado Profissional em Economia Wilson Felício, com o professor José Luiz Rossi Júnior, mostra que o cenário global tem maior influência na cotação do dólar do que fatores internos. De acordo com o estudo, a influência é maior do que a taxa básica de juros doméstica, o crescimento econômico, a inflação ou o deficit brasileiro nas contas externas.
Foram consideradas as movimentações do dólar no Brasil de janeiro de 1999 a agosto de 2011. Nesse período, a demanda global por dólares foi o que definiu a cotação da moeda americana no Brasil.
“Aqui no Brasil não houve uma grande mudança de fundamentos, nenhuma notícia que pudesse provocar um salto na taxa de câmbio. O que aconteceu foi lá fora: o mercado ficou mais volátil, com mais incerteza, e os agentes mais avessos ao risco.”
Os resultados confirmam a importância de se entender o que acontece fora do país. Não quer dizer que as variáveis domésticas não sejam relevantes, ou não tenham efeitos sobre a moeda. Mas uma vez que se acrescentam as variáveis globais, é possível conhecer melhor o comportamento do câmbio e fazer previsões com mais precisão.
Orientado por Rossi, Felício desenvolveu a pesquisa para sua dissertação. O trabalho deu origem ao artigo acadêmico Common Factors and the Exchange Rate: Results from the Brazilian Case, que recebeu o prêmio de melhor trabalho apresentado na Divisão de Finanças no Encontro da ANPAD 2013.
O assunto também foi tema de matéria publicada pela Folha de S.Paulo.
Acesse a pesquisa completa no arquivo de Working Papers do Insper.